SMS coloca armadilhas para coletar ovos do mosquito Aedes aegypti e monitorar incidência do vetor
Para monitorar regiões de maior incidência do mosquito Aedes aegypti e avaliar como os mosquitos reagem aos inseticidas utilizados na eliminação, equipes do Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses (Cvaz) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), iniciaram nesta segunda (27), trabalho de monitoramento e vigilância, com a colocação de armadilha que captura ovos do vetor em residências e áreas comerciais. O monitoramente terá duração de 21 dias em todos os bairros de João Pessoa.
A ovitrampa é composta por um pequeno vaso de planta preenchido por água, uma paleta de compensado (onde os ovos ficam presos) e um larvicida biológico, que estimula as fêmeas do mosquito a colocarem seus ovos nesses recipientes. No ambiente serve para capturar os ovos, sinalizar a quantidade de insetos em uma região e direcionar ações contra a proliferação do vetor.
“Dessa forma, as equipes da vigilância ambiental conseguem observar de maneira mais rápida e eficiente a quantidade de mosquitos em determinadas regiões, o qual nos permite criar estratégias de ações mais eficaz, no que diz respeito à prevenção e promoção da saúde”, explicou o gerente do Centro de Vigilância Ambiental, Nilton Guedes. “Com esse mecanismo também podemos avaliar como age os inseticidas no combate ao vetor e, ainda assim, apresentar os resultados com segurança ao Ministério da Saúde, como um feedback”, completou.
Ao todo serão instaladas cerca de 200 armadilhas em residências e ambientes comerciais. Depois de utilizados, os recipientes serão trocados, haverá a contagem dos itens capturados e, em seguida, enviados para o núcleo de entomologia e laboratórios do Ministério da Saúde.
“É importante que a população colabore com este ação de monitoramento. As equipes estarão devidamente credenciadas e para a instalação nas residências há um termo de autorização, que deve ser preenchido, caso o proprietário permita”, destacou o gerente.
Liraa – No início de novembro, a Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses (Gvaz) de João Pessoa divulgou o resultado do quarto Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) de 2017, com o Índice de Infestação Predial (IIP) de 0,5%, na Capital. Ou seja, a cada 200 imóveis, apenas um apresenta risco de reprodução do mosquito.
O estudo apresenta as áreas com maior risco para presença de focos e reprodução do Aedes aegypti no município e o resultado apontou que João Pessoa está com baixo risco para a reprodução do mosquito, com índice abaixo de 1%. A pesquisa aconteceu no período de 23 a 27 de outubro e foi o último de quatro levantamentos realizados anualmente.