Aumenta procura da vacina e doses são apenas para quem vai viajar para áreas endêmicas
Aumentou a procura pela vacina que previne a febre amarela na Sala do Viajante, localizada no Centro Municipal de Imunização (CMI), da Secretaria de Saúde de João Pessoa. Sobretudo, o Ministério da Saúde (MS) orienta que as doses devem ser aplicadas apenas para pessoas que irão viajar para áreas endêmicas, onde há confirmação ou suspeita da circulação do vírus pelos órgãos de controle da doença.
De acordo com Daniel Batista, gerente de vigilância epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, João Pessoa não é considerada área de risco para febre amarela. “A população não precisa se alarmar. Estamos recebendo um grande número de pessoas até do interior do Estado querendo receber a vacina, que só devem ser administradas em quem realmente for viajar para áreas consideradas endêmicas pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde”, orientou.
As vacinas disponibilizadas pela Sala do Viajante variam de acordo com o destino do usuário. A mais comum exigida em diversas localidades do Brasil e no exterior é a da febre amarela. Além de variar de acordo com o destino, cada vacina tem uma orientação específica. “Para tomar a vacina o usuário precisa apresentar um documento de comprovação de viagem para área de risco, apresentar o cartão SUS e um documento de identificação”, completou Daniel Batista.
Além de orientações para viagens nacionais, a Sala do Viajante também orienta quem viaja para o exterior, já que para determinados lugares é necessário apresentar o Cartão Internacional do Viajante. Esse cartão internacional é confeccionado no Centro Municipal de Imunização com a apresentação do passaporte.
“Para os viajantes, a vacina deve ser aplicada pelo menos 10 dias antes do deslocamento, para garantir o desenvolvimento da imunidade, portanto, estamos orientando que as pessoas procurem o serviço de imunização nesse prazo para viajar e não superlotar a sala de vacina. Não precisa a população ficar apreensiva, pois estamos trabalhando e organizando o fluxo para garantir a assistência aos que nos procuram”, explica a coordenadora do Centro Municipal de Imunização, Rosa Virgínia Fernandes. “Em 2017 foram administradas 7.500 vacinas, esse ano, com a divulgação dos casos suspeitos na região sudeste, a procura diária triplicou”, informou.
No Brasil, os locais de risco são as regiões de matas e rios das seguintes regiões: todos os Estados da Região Norte e Centro-Oeste, bem como parte da Região Nordeste (Estado do Maranhão, sudoeste do Piauí, oeste e extremo-sul da Bahia), Região Sudeste (Estado de Minas Gerais, oeste de São Paulo e norte do Espírito Santo) e Região Sul (oeste dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
As pessoas que moram nestas regiões, ou aqueles que irão viajar para estes locais devem tomar a vacina, caso ainda não tenham feito ou o fizeram há mais de dez anos. Todas as pessoas que vivem nesses locais devem tomar uma dose da vacina para estar protegido durante toda a vida.
Desde o início de 2017, o Ministério da Saúde tem enviado doses extras da vacina contra a febre amarela aos estados que estão registrando casos suspeitos da doença.
Da doença – A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por vetores. Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias.
A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre amarela.
Acesse o link e saiba quais são as cidades consideradas como áreas de risco para febre amarela: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/listavacinacaofa.pdf.
Ministério da Saúde – Ministério da Saúde reforça que as áreas determinadas para vacinação continuam as mesmas e que as medidas de prevenção, como intensificação de vacinação e fracionamento de doses, também continuarão sendo realizadas e atualizadas conforme as necessidades.
PNI – O Programa Nacional de Imunizações tem avançado ano a ano para proporcionar melhor qualidade de vida à população com a prevenção de doenças. O Calendário Nacional de Vacinação contempla não só as crianças, mas também adolescentes, adultos, idosos, gestantes e povos indígenas. Ao todo, são disponibilizadas 19 vacinas cuja proteção inicia ainda nos recém-nascidos, podendo se estender por toda a vida. Conheça o Calendário Nacional de Vacinação: https://goo.gl/wrKrV8