PMJP oferece políticas de inclusão social e igualdade para alunos com Síndrome de Down

Por Hellen Nascimento - em 1832

“Me sinto muito segura em deixar a minha filha na escola. Renally começou a estudar numa creche da Prefeitura quando tinha 5 anos. Hoje, com 7 anos, mesmo tão novinha, já conhece os números e o próprio nome. Antes dela começar a estudar era um pouco estressada, mas hoje é mais tranquila e sociável. Ela conversa bastante comigo e diz que está muito feliz. É maravilhoso saber que meu tesouro é bem tratada e tem uma professora que cuida especialmente da educação dela”, revela Ivaneide Ferreira da Silva, mãe de Renally Ferreira de Oliveira, aluna da Escola Municipal de Ensino Fundamental Lions Tambaú e portadora de Síndrome de Down.

Nesta quarta-feira (21), é o Dia Internacional da Síndrome de Down e, para lembrar a data, a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) reforça o compromisso na educação desses alunos tendo como foco o desenvolvimento pedagógico e a inclusão social ofertando profissionais capacitados para auxiliar a cada um de acordo com suas especificidades.

Segundo o coordenador da Educação Especial da Secretaria de Educação e Cultura (Sedec), André Louis Carvalho dos Santos, existe todo um trabalho específico voltado para o desenvolvimento e inclusão social de alunos portadores da Síndrome de Down no município.

“Nós contamos nas escolas da rede municipal com o profissional cuidador, que vai dar um auxílio não apenas ao aluno portador da Síndrome de Down, mas a todo aquele que tiver dificuldade de locomoção, higiene e alimentação, sempre estimulando a independência desse aluno. Quanto à parte pedagógica, de socialização e o aprendizado como um todo, existem as Salas de Recurso, onde temos o Atendimento Educacional Especializado (AEE), que conta com um professor pedagogo com especialização em AEE que vai trabalhar em cima das particularidades de cada um”, explicou.

De acordo com a professora, pedagoga em AEE, Tonicha de Aquino Bezerra, o maior objetivo é integrar e facilitar o aprendizado dessas crianças de forma humana e individualizada, respeitando a especificidade de cada uma delas. Ela atua na Escola Municipal de Ensino Fundamental Lions Tambaú e na Escola Municipal Olívio Ribeiro Campos, ambas localizadas no bairro dos Bancários.

“Nosso objetivo é integrar e complementar o trabalho que é realizado pelo professor em sala de aula, dentro do ensino regular. Nós atuamos especificamente na parte educacional pedagógica buscando facilitar o aprendizado de forma humana e estimulando a autonomia desses alunos. Nós, professores de AEE, trabalhamos individualmente com alunos não apenas que possuem Síndrome de Down, mas todos aqueles que têm necessidades especiais, seja intelectual, física ou com Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD), duas vezes por semana, por 40 minutos”, explicou.

Triagem – Para que as crianças que possuem algum tipo de necessidade especial, seja intelectual, física ou TGD, possam ser atendidas por um profissional de AEE é necessário os pais ou responsável apresentarem à instituição municipal um laudo médico com a Classificação Internacional de Doenças (CID) dizendo qual é a deficiência do aluno. A partir daí será desenvolvido um trabalho pedagógico especialmente desenvolvido para atender as necessidades individuais de cada aluno.

Origem– O Dia Internacional da Síndrome de Down foi criado para dar voz, visibilidade e para defender  direito à inclusão em todas as esferas da sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas que nasceram com a trissomia, fazendo alusão aos 3 cromossomos no par número 21, característico das pessoas com a síndrome. O dia 21 de março está no calendário oficial da Organização das Nações Unidas (ONU).

Importância – A data tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da luta pelos direitos igualitários, o seu bem-estar e a inclusão dos portadores de Down na sociedade. A Síndrome de Down não é uma doença, mas sim uma mutação do material genético humano, presente em todas as raças.