SMS realiza ações de conscientização sobre o câncer de intestino

Por Rebeka Paiva - em 591

Setembro é o mês de prevenção ao suicídio, mas também de conscientização sobre o câncer de intestino, doença que tem se tornado cada vez mais incidente nos brasileiros, sendo o terceiro tipo de câncer mais frequente em homens, após próstata e pulmão, e o segundo entre as mulheres, após o câncer de mama e excluindo o de pele.

Para alertar a população e conscientizar sobre a necessidade de prevenção do câncer colorretal ou de intestino, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do Hospital Municipal Santa Isabel (HMSI) e do programa de Residência Médica em Coloproctologia, realiza a partir desta sexta-feira (13) a campanha Setembro Verde. A abertura oficial acontece às 8h, no Hospital Santa Isabel

A campanha é de cunho educativo populacional e tem como slogan ‘Não é sorte, é prevenção e cuidado’, para reforçar que a doença é prevenível e com boas taxas de cura quando o diagnóstico é precoce. “Esta é uma campanha de cunho educativo populacional, voltada para o alerta sobre os riscos da doença. Há uma mudança recente no perfil de idade dos acometidos, que são cada vez mais jovens e a campanha tem como objetivo ensinar que a doença é prevenível com mudanças de hábito, conhecimento dos sintomas e adoção de medidas de rastreamento anual” comenta a médica e coordenadora da Residência Médica em Coloproctologia, Shirlane Malheiros.

A programação contará com palestras voltadas aos usuários da rede SUS e aos funcionários e colaboradores da rede municipal de saúde sobre prevenção e rastreamento do Câncer Colorretal, ministradas pelos médicos preceptores e residentes do serviço de coloproctologia do HMSI e Médicos Residentes do Programa de Saúde da Família da SMS.

Confira a programação:

13/09 – 8h, no HMSI – Abertura Oficial do Setembro Verde

18/0916h, no ambulatório de coloproctologia do HMSI – Palestra sobre prevenção e rastreamento do Câncer Colorretal para usuário da rede SUS

23/09 – 11h, Espaço Florescer do HMSI Palestra sobre prevenção e rastreamento do Câncer Colorretal voltada aos funcionários e colaboradores da rede municipal de saúde

25/09- 16h, no ambulatório de coloproctologia do HMSI – Palestra sobre prevenção e rastreamento do Câncer Colorretal para usuários da rede SUS

27/09 – 11h, na Policlínica Municipal de Jaguaribe – Palestra sobre prevenção e rastreamento do Câncer Colorretal e encontro com usuários do Centro de Ostomizados da Paraíba

28/09 – 9h, no Conselho Regional de Medicina – Encontro médico sobre prevenção e rastreamento do Câncer Colorretal com a presença do Presidente da Sociedade Brasileira de Coloproctologia Dr. Sidney Nadal

29/09 – 7h, concentração e saída no Busto de Tamandaré Caminhada de conscientização sobre o Câncer Colorretal

Serviço – Na rede municipal de saúde, os pacientes diagnosticados com o câncer de intestino e que tiveram necessidade de colocação de bolsa de colostomia recebem assistência completa junto ao ambulatório de ostomizados, localizado no Centro de Reabilitação e Cuidado da Pessoa com Deficiência, na Policlínica Municipal de Jaguaribe. Além disso, os ostomizados que necessitam de fechar colostomia são atendidos no Hospital Municipal Santa Isabel.

Para ser atendido no Ambulatório a demanda é espontânea, mas para atendimento no HMSI é necessário que o paciente seja encaminhado por outros serviços como as Unidades de Saúde da Família (USF), Unidades de Pronto Atendimento (UPA) ou outros hospitais.

Câncer de intestino – De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2018 foram contabilizados 36.360 casos de câncer colorretal, um aumento de 6% em relação a 2017. Na Paraíba a incidência média é de 16 casos a cada 100 mil pessoas.

“Para cuidar do intestino e evitar o câncer colorretal, é preciso observar os fatores genéticos que podem contribuir para o desenvolvimento da doença, mas adotar hábitos mais saudáveis pode evitar o surgimento da doença”, explica Shirlane Malheiros.

Os principais sintomas do câncer de intestino são sangramento nas fezes, dor abdominal, anemia e fraqueza, alteração da frequência evacuatória com constipação ou diarreia recorrente. Os fatores de risco mais comuns para o surgimento da doença são: alimentação deficiente em fibras e excesso de carne vermelha, processados e industrializados; obesidade; sedentarismo; tabagismo e alcoolismo.

A médica Shirlane Malheiros reforça que em caso de alguns dos sintomas é importante buscar a avaliação médica para diagnóstico correto da doença. “A avaliação especializada do médico determina a sequência de exames que pode ser tão simples como um toque retal ao exame ambulatorial, uma pesquisa de sangue oculto nas fezes ou até uma colonoscopia”, esclarece a médica.