Alunos da rede municipal são capacitados e recebem certificado do Proerd

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Mil e oitocentos alunos de 33 escolas da rede de ensino da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) aprenderam a dizer não às drogas e a uma conduta violenta. Eles participaram de capacitação do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), uma parceria da Polícia Militar com a Secretaria Municipal de Educação. Até o final deste ano, outros 1,8 mil alunos também serão beneficiados com a atividade.

Na manhã desta quinta-feira (2), foi iniciada a entrega dos certificados de conclusão, no auditório da Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, que deve se prolongar até esta sexta-feira (3). De acordo com o secretário de Educação, Genildo Lucena, o Proerd está focado nos estudantes que estão no início da adolescência – ou seja, os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental. “É uma fase importante na formação da consciência crítica do cidadão, por isso deve haver esse reforço na educação. Os alunos capacitados estão mais maduros em relação aos que ainda não tiveram acesso ao programa”, disse.

De acordo com Lucena, ainda neste semestre, alunos do 5º ano de outras 30 escolas serão beneficiadas com o Proerd. “O programa funciona em rodízio, para atendermos todas as 95 escolas da rede municipal de ensino”, disse.

Mudanças – Conforme a coordenadora do Proerd na rede municipal de ensino, Fabiana Uchoa, ao serem capacitadas, as crianças atuam como multiplicadoras do conhecimento até mesmo em casa. “Sabemos de um caso de uma criança que convenceu a mãe a parar de fumar, enquanto estava grávida, para que o irmãozinho que ia nascer não sofresse as consequências”, destacou ela.

Uma das instrutoras do Proerd, a soldado Janaína Cipriano, da Polícia Militar, contou que o programa é realizado em sala de aula, em 10 lições semanais, trabalhando temas como o combate ao álcool, drogas e cigarros, e o não uso da violência. “O programa existe no Estado desde o ano 2000 e verificamos que os índices de violência nas escolas atendidas pelo programa estão diminuindo”, frisou ela.

“Eu não brigo na escola, procuro resolver as diferenças conversando”, disse David José, de 11 anos, estudante da Escola Aníbal Moura. Já Vitória Medeiros, de 13 anos, da Escola João Monteiro da Franca, diz nunca ter passado por situação de ver alguém se drogando, mas sabe que vai dizer não às drogas.