Ação contra a tuberculose acontece nesta sexta-feira no Ponto de Cem Réis

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A Prefeitura Municipal de João Pessoa realiza nesta sexta-feira (23), a partir das 8h, uma ação no combate à tuberculose. A iniciativa, que ocorre no Ponto de Cem Réis, integra a Campanha Municipal de Luta Contra a Tuberculose, promovida numa parceria entre a Secretaria de Saúde de João Pessoa e a Secretaria Estadual de Saúde. A Campanha tem como objetivo promover um espaço de educação em saúde por meio de palestras, entrega de panfletos e até mesmo com a visualização de lâminas com o bacilo da tuberculose.

“Vamos aproveitar o local para promover práticas educativas e se aproximar mais da população. Entre outras ações, vamos realizar orientações sobre a tuberculose por meio de teatro”, explicou Talita Tavares, diretora de Vigilância em Saúde.

Em 2011, o município de João Pessoa teve 321 casos novos e em 2012 já são 62 novos casos fazendo tratamento para tuberculose.  Por isso, durante o evento será promovida a captação de sintomáticos respiratórios por meio de consultas médicas e de enfermagem. As consultas serão referenciadas para os serviços da rede.

“O controle da tuberculose é baseado na busca de casos, diagnóstico precoce e adequado. Os principais entraves que impedem o controle adequado da tuberculose são decorrentes das falhas no tratamento, das irregularidades, dos abandonos, das prescrições inadequadas, da emergência de bacilos resistentes e do HIV”, afirmou Talita.

Dados – O Brasil é um dos 22 países priorizados pela Organização Mundial de Saúde que concentra 80% da carga mundial da tuberculose. Em 2009, foram notificados 72 mil novos casos. Esses indicadores colocam o Brasil na 19° posição em relação ao número de casos e na 104° posição em relação ao coeficiente de incidência.

Doença – A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria (Mycobacterium tuberculosis) que afeta principalmente os pulmões, mas pode afetar também outros órgãos, como rins e meninges.  Os sinais e sintomas mais freqüentemente descritos são tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo; febre baixa geralmente à tarde; suores noturno; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza; e prostração. Os casos graves apresentam dificuldade na respiração; eliminação de grande quantidade de sangue, colapso do pulmão e acumulo de pus na pleura (membrana que reveste o pulmão) – se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer dor torácica.

Transmissão – A transmissão é direta, de pessoa para pessoa. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo contaminando-o. Somente 5% a 10% dos infectados pelo bacilo de Koch adquirem a doença. Pessoas com Aids, diabetes, insuficiência renal crônica, desnutridas, idosos doentes, alcoólatras, viciados em drogas, pessoas privadas de liberdade, população indígena e fumantes são mais propensas a contrair a tuberculose.

Tratamento – A tuberculose é uma doença curável e tratável em todas as unidades de saúde da família. O tratamento é gratuito e deve ser feito por um período mínimo de seis meses, sem interrupção, diariamente. Quase todos os pacientes que seguem o tratamento corretamente são curados.

Prevenção Para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças de até 4 anos, obrigatoriamente as menores de 1 ano, com a vacina BCG. Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de Aids não devem receber a vacina. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar. A tuberculose não se transmite pelo uso de objetos compartilhados.