Acidentes de moto representam 66% nos atendimentos no Ortotrauma

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Thadeu Rodrigues

Acidentes com motos representam 66,57% do total de casos de colisão no trânsito registrados no período de janeiro a abril deste ano, no Complexo Hospitalar de Mangabeira Governador Tarcísio de Miranda Burity (CHMGTB) – Ortotrauma. Na maioria das ocorrências, os envolvidos precisam ser operados. O custo de cada procedimento é alto, dependendo da lesão do paciente, da gravidade e do número de materiais necessários a serem implantados em seu corpo.

Foram contabilizados no Ortotrauma, no primeiro quadrimestre do ano, 667 casos de ingresso de pacientes por acidente no trânsito. Além dos 444 casos com motocicletas (66,57%), foram registrados 197 envolvendo os outros tipos de veículos (29,54%). Os demais casos, 26, foram de atropelamentos (3,9%).

Para exemplificar a grande ocorrência dos acidentes de trânsito, a diretora-geral do Complexo Hospitalar de Mangabeira, Fabiana Araújo, afirma que há plantões em que são feitas até sete cirurgias de urgência e emergência, com casos em que o paciente está com uma fratura exposta e se faz necessária a colocação de um material chamado de fixador externo.

“O número de vítimas de acidentes no trânsito é crescente e compromete a capacidade instalada dos hospitais, simplesmente por causa de imprudência dos motoristas. Quando o cidadão sofre um acidente, sua saúde é comprometida, ele é afastado do meio social, resultando em inúmeros prejuízos que poderiam ser evitados, em sua grande maioria, com educação no trânsito e mais atenção à sinalização”, afirmou a diretora-geral do Complexo Hospitalar de Mangabeira, Fabiana Araújo.

Reincidentes – De acordo a chefe da Divisão de Educação para o Trânsito (Died) da Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob), Gilmara Branquinho, ao menos 54% dos acidentados são reincidentes. Ela cita entre as principais irregularidades, o uso de aparelho celular, a ingestão de bebida alcoólica, excesso de velocidade, ultrapassagem forçada, bem como a falta de atenção e desobediência às normas do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) de modo geral.

De acordo com o médico do Ortotrauma, André Macedo, de modo geral, os pacientes vítimas de acidentes com motos são pessoas jovens. “Há o caso de um pedreiro que passou recentemente por uma cirurgia para reparar fraturas no braço e na perna, após um acidente de moto, no qual houve perda total do veículo. Mas, na verdade, este já era o segundo acidente de moto dele. Como ele precisa de repouso para se recuperar, ele estava preocupado com sua renda, já que não tinha emprego formal, mas há contas a pagar”.

Exigências – Para conduzir veículo motorizado, o condutor deve estar habilitado, em caso de motocicletas e motonetas na categoria A. Para conduzir ciclomotores (cinquentinhas) o condutor deve estar habilitado também na categoria A ou possuir a ACC (Autorização para Condução de Ciclomotores).

Para evitar os riscos de fraturas e ferimentos diversos em caso de acidentes, é de extrema importância o uso de equipamentos de segurança, especialmente o capacete, tanto para o condutor, quanto para o passageiro. Luvas, botas, jaquetas e calças com proteções especiais também são úteis para motociclistas.