Acidentes de trânsito lideram ocorrências do Samu no primeiro semestre de 2016
Luiz Carlos Lima
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) recebeu cerca de 220 mil chamados nos seis primeiros meses desse ano. Deste total, apenas 14% foram referentes a atendimentos (ligações). Até o dia 21 de junho foram quase 19 mil ocorrências atendidas entre socorro e transferências. Os acidentes de trânsitos lideram as chamadas com pouco mais de 3,8 mil ocorrências. Os trotes são responsáveis por 34% das ligações registradas.
Nos seis primeiros meses do ano, a soma das ocorrências de quedas e acidentes de trânsito foi responsável por mais da metade dos 7,5 mil registrados. Enquanto os atendimentos resultados de acidente de trânsito foram 3.832, as quedas tiveram um quantitativo de 1.648 chamados. Traumas ortopédicos, agressões físicas e vítimas de armas de fogo também aparecem no topo da lista de ocorrências.
Estrutura – Atualmente são dez ambulâncias disponíveis para a população, das quais três delas são de unidade avançada. Também há 46 médicos disponíveis 24 horas nos sete dias da semana. Nos seis primeiros meses do ano de 2015 foram mais de 290 mil ligações recebidas na Central de Regulação. Diariamente, o local recebe cerca de 1,2 mil chamados.
A base do Samu mantida pela PMJP recebe ligações de 62 municípios paraibanos. Segundo o coordenador geral do Samu, Márcio Ferreira, cada município tem condições de realizar os atendimentos, no entanto, a cidade de João Pessoa é que concentra os chamados. “Hoje é um serviço indispensável para a população. Nestes dez anos houve uma melhora importante na organização do serviço. Com treinamento e qualificação, conseguimos melhorar a cada dia essa prestação de serviço à população”, disse.
Trotes – As estatísticas do Samu apontam que 34% das ligações registradas pelo atendimento são de trotes. A maior parte dos trotes é realizada por crianças e adolescentes e para combater a prática, a coordenação do Samu pede a ajuda dos pais na conscientização dos filhos. Na maioria das vezes, o trote é reconhecido ainda no processo de atendimento por telefone, casos em que as ambulâncias não são liberadas pela Central de Regulação. Quando o usuário é convincente, o trote só é descoberto quando o veículo chega ao local indicado na ligação. Nesses casos, as ambulâncias acabam sendo ocupadas por cerca de 40 minutos, tempo em que poderiam estar atendendo solicitações reais.
Com o objetivo de identificar e se prevenir contra os trotes, o Samu elaborou um cadastro com os números que já foram identificados como realizadores de trotes. As ligações para o serviço são cadastradas e se a equipe, ao chegar ao local do atendimento solicitado, identificar tratar-se de um trote, o número registrado entra para essa lista.