Ações de combate a dengue e leptospirose são promovidas pelo Centro de Zoonoses

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Rebeka Paiva

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A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses (Cvaz), continua realizando atividades de combate a dengue e leptospirose. As ações acontecem no entorno do Parque Solon de Lucena, Mercado Central e no Centro Comercial de Passagem (CCP). As atividades começaram ontem e seguem até às 16h desta sexta-feira.

“Nosso trabalho esta sendo focado também na orientação aos usuários para que evitem jogar lixos e restos de alimentos nas ruas, que são fatores que contribuem para a proliferação dos roedores e insetos”, explicou Nilton Guedes, gerente do Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses.

Durante as atividades estão sendo aplicados raticidas com três formulações diferentes, parafinado, sementes ou pó seco para controle de roedores, monitoramentos de possíveis focos de reprodução do mosquito Aedes Aegipty, com aplicação de larvicidas, além de trabalhos educativos, com a distribuição de panfletos e orientação à população sobre a prevenção da dengue e da leptospirose.

“Sempre realizamos ações preventivas contra esses vetores, mas estamos intensificando essas medidas por conta do período chuvoso que se inicia. Nosso trabalho é prevenir e orientar, nos preocupando sempre com o bem-estar da cidade”, comentou Nilton Guedes.

Nilton ressalta que o Cvaz fiscaliza apenas áreas de domínio público e que residências e terrenos particulares são de responsabilidade dos proprietários. As ações de combate e prevenção a dengue e leptospirose continuam durante as próximas semanas em outras áreas de risco.

Adoção de animais – O Cvaz está também com tendas expositivas para adoções de cães e gatos no anel externo da Lagoa. A exposição conta com participação da Associação de Proteção Animal Amigo Bicho (Apaab) e de protetores independentes.

Para adotar um animal, o interessado deve ter 18 anos, apresentar um documento de identificação com foto e comprovante de residência. Ele também deve participar de uma orientação sobre a posse responsável do animal com a equipe da Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses.

Leptospirose – É uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada leptospira, presente na urina de ratos e outros animais, transmitida ao homem principalmente nas enchentes. Bovinos, suínos e cães também podem adoecer e transmitir a doença para o homem.

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Em situações de enchentes e inundações, a urina dos ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama. Qualquer pessoa que tiver contato com a água das chuvas ou lama contaminadas poderá se infectar. As leptospiras presentes na água penetram no corpo humano pela pele, principalmente se houver algum arranhão ou ferimento.

Nilton Guedes explica que vários fatores interagem na ocorrência de um caso de leptospirose, portanto, as medidas de controle devem ser direcionadas não só ao controle de roedores (medidas de anti-ratização e desratização), mas também à melhoria das condições higiênico dos ambientes, o que depende da contribuição da população.

“Os roedores só aparecem se tiverem condições favoráveis para isso, como alimentos e abrigos, muitas vezes não é necessário o uso de raticidas basta apenas a higienização correta dos lugares, como a retirada de lixos das residências” explica o gerente da Cvaz.

Os sintomas mais frequentes são parecidos com os de outras doenças, como a gripe e a dengue. Os principais são: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata-da-perna), podendo também ocorrer vômitos, diarreia e tosse. Nas formas mais graves, geralmente aparece icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) e há a necessidade de cuidados especiais.

Dengue – O Aedes aegypti prefere o ambiente úmido para colocar seus ovos, que podem sobreviver até 450 dias nesse local. Bastam alguns milímetros de água para eles eclodirem e, em uma semana, transformarem-se em mosquitos adultos. O ciclo de vida do mosquito é de 35 dias, mas o número de pessoas que ele pode infectar é ilimitado.

A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos, eliminando o acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, garrafas, caixas d’água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras.

Dados – De acordo com dados da vigilância epidemiológica da SMS, no ano de 2014 foram registrados 30 casos de leptospirose, desse total, apenas seis confirmados e 2.303 casos notificados de dengue, sendo confirmados 1.810.

Até a primeira semana de Maio deste ano foram notificados 1.729 casos de dengue onde 591 foram confirmados. De leptospirose foram notificados 11 casos, mas nenhum foi confirmado.

Serviço – Para denúncias, reclamações, sugestões e elogios relacionados aos serviços da Rede Municipal da Saúde, os usuários podem entrar em contato com a Ouvidoria Setorial pelo número 160. A população também pode ligar diretamente para o Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses (Cvaz), no telefone 3214-5718.