Alunos da rede municipal desenvolvem Ano Cultural Herbert Vianna
O cantor e compositor paraibano Herbert Vianna é o homenageado do Ano Cultural 2012 e tem sido referência para inspirar a produção textual, poética, musical e de dança da rede municipal de ensino. O projeto, que está na 6ª edição, é trabalhado com todos os segmentos da educação, desde a Educação Infantil até a Educação de Jovens e Adultos, tanto em sala de aula quanto em projetos interdisciplinares no cotidiano escolar.
A partir da obra “O som diz sim” e de um passeio pelas diversas composições do autor, o alunado vai concorrer ao prêmio “Estudante Destaque”’, produzindo poemas, e vai participar da “Mostra de Música”, que proporciona o conhecimento das canções de um paraibano que se destaca mundialmente.
Segundo o secretário de educação, Genildo Lucena, o interesse das e escolas e dos Centros de Referênciaem Educação Infantil(Creis) superou expectativas. “Acreditamos que o Ano Cultural Herbert Vianna apresentará resultados bastante positivos”, disse.
A coordenadora do projeto, Giselma Franco, observou que os estudantes estão se sentindo tocados pela sensibilidade do artista, que hoje é um ícone também pela força e coragem com que venceu tantos desafios.
Ano Cultural – O projeto representa um marco pedagógico na rede municipal. Ao longo destas edições, o alunado pode conhecer a obra de diversos artistas paraibanos, a exemplo de Ariano Suassuna (2007); José Lins do Rego (2008); Sérgio de Castro Pinto (2009); Zé Ramalho (2010) e Políbio Alves (2011).
Hebert Vianna – O artista poliglota nasceu em João Pessoa, mas devido à vida militar de seu pai, o brigadeiro Hermano Viana, mudou-se ainda criança para Brasília. Já jovem, foi para o Rio de Janeiro e, com alguns amigos, fundou os Paralamas. Depois de 10 anos de sucesso da banda, Herbert gravou o disco-solo “Ê batumarê” (1992). Mais dois seriam gravados: “Santorini Blues” (1997) e “O som do sim” (2000).
Desde cedo, ele gostou de pilotar helicópteros e ultraleves. Em 2001, passou pelo momento mais crítico de sua vida. Ao pilotar um ultraleve, sofreu um acidente aéreo. No acidente, sua mulher, a inglesa Lucy Needham, morreu.
O músico ficou paraplégico e perdeu parte da memória depois do acidente, porém, em um processo de recuperação gradual, retomou sua carreira, voltando aos palcos. Já gravou quatro álbuns após o acidente: “Longo caminho” (2002, preparado antes do acidente), “Uns dias ao vivo” (2004, ao vivo), “Hoje” (2005) e Brasil afora” (2009).