Atendimentos sem perfil de urgência são reduzidos no Ortotrauma

Por Thadeu Rodrigues - em 1210

Os atendimentos sem perfil de urgência e emergência apresentaram redução no Complexo Hospitalar de Mangabeira Governador Tarcísio de Miranda Burity (Ortotrauma), em março deste ano. Isto é consequência do crescimento da rede de Unidades de Pronto Atendimento (UPA), que vem suprindo a demanda da população por serviços de média complexidade e desafogando os hospitais.

Os dados do acolhimento e classificação de risco do Complexo Hospitalar de Mangabeira apontam para uma redução de 12,12% do número de atendimentos na entrada pela urgência. Foram registrados 4.397 atendimentos, em março de 2016, e 3.864, em março deste ano.

A diretora-geral do Complexo Hospitalar de Mangabeira, Fabiana Araújo explica que a redução é positiva. “O perfil do Ortotrauma é de urgência e emergência. Então, se alguém chega com um problema de baixa classificação de risco, como dores de cabeça, febre ou desconforto respiratório, esta pessoa não terá prioridade no atendimento. A vez será de quem está em estado grave. Mas as UPAs existem justamente para atender os casos de média complexidade”.

A UPA Célio Pires de Sá, no Valentina, foi inaugurada em agosto de 2014. Em dezembro do ano passado, entrou em atividade a UPA Augusto Almeida Filho, em Cruz das Armas. No início deste ano, o prefeito Luciano Cartaxo assinou a ordem de serviço de mais uma UPA, no bairro dos Bancários. A cidade ainda conta com a UPA Oceania, em Manaíra.

Classificação – O atendimento para quem chega por demanda espontânea no Complexo Hospitalar de Mangabeira acontece por meio da classificação de risco, que identifica os pacientes que necessitam de atendimento prioritário, de acordo com a gravidade clínica. A prioridade no atendimento obedece a uma classificação por cores – vermelho, amarelo, verde e azul.

Na comparação de março de 2016 com o mesmo mês de 2017, verifica-se que os casos referenciados para outras unidades de saúde caíram 81,72%, passando de 569 para 104. Já os atendimentos classificados na cor azul, que podem ser feitos em Unidade de Saúde da Família ou UPA, apresentaram uma redução de 57,94%, passando de 126 para 53.

“Isto mostra mais conhecimento da população na hora de buscar atendimento, o que é prático ao serviço do Ortotrauma, que consegue prestar uma melhor assistência a quem realmente precisa do tipo de referência da unidade, que inclui cirurgia das áreas abaixo do cotovelo e joelho, ou de cálculo no ureter, além de cirurgias gerais”, afirma Fabiana Araújo.

Já os atendimentos classificados na cor verde – pouca urgência -, cresceram 26,39%, passando de 2.270 para 2.869, no mesmo período em questão. Conforme o perfil da unidade hospitalar, os atendimentos são referentes à área de ortopedia, como acidentes ou quedas. Os diagnósticos mais comuns entre as internações realizadas em 2016 são de fraturas do antebraço e do tornozelo.