Banco de Leite faz campanha Agosto Dourado para receber doações
A campanha Agosto Dourado, do Banco de Leite Zilda Arns, está em sua etapa final, mas a necessidade por doação de leite materno continua. A unidade, que funciona no Instituto Cândida Vargas (ICV) realiza um trabalho constante de conscientização da importância do leite materno para receber doações tanto das mães puérperas, quanto das que já estão em casa e contribuem com a causa. Os beneficiados são os bebês prematuros internos no ICV.
Conforme a coordenadora do Banco de Leite, Daniele Maciel, todos os dias uma enfermeira do ICV faz palestras sobre os benefícios do leite materno e complementação com outros alimentos, quando o bebê ultrapassa os seis meses de vida, e incentiva a doação do leite.
“Recebemos doações das mães que ainda não receberam alta do ICV, mas elas não possuem muito leite. A produção só aumenta após o quinto ou sexto dia após o parto, quando elas já estão em casa. Mas isto não é problema, porque nós recolhemos o leite em domicílio. Nós temos doadoras com filhos de até cinco meses ou mais. Contudo, é sempre importante continuarmos o trabalho de captação”, explica Daniele Maciel.
A Lei nº 13.435/ 2017 institui o mês de agosto como o Mês do Aleitamento Materno, mas além da campanha, a Secretaria de Saúde realiza um trabalho contínuo por esta captação a partir da atenção básica, conscientizando as futuras mães desde o pré-natal. Durante o mês foram realizadas diversas atividades em alusão ao mês, que tem a cor dourada representando o ouro que o leite representa na vida do recém-nascido.
Benefícios – Daniele Maciel destaca que a doação é um processo benéfico para ambos os lados. Os bebês prematuros terão o leite como única fonte de alimentação para se fortalecer, e a doadora vai evitar dores causadas pelo excesso de leite produzido e que não é consumido por seu filho.
“Atualmente temos 42 bebês prematuros sendo beneficiados com as doações. Eles estão na UTI, no berçário ou sendo acompanhados pelo método canguru. Se o bebê não consegue sugar o leite do seio da mãe, por imaturidade ou patologia, o leite dela vai secar, mas ele não pode deixar de se alimentar”, conta a coordenadora do Banco de Leite.
Cada bebê ingere de 10 ml a 50 ml de leite (dependendo da idade) a cada três horas. Cada doadora pode doar de 200 ml a 300 ml de leite. “Quando o recém-nascido sai da UTI ou da incubadora e vai pro berçário, o fonoaudiólogo faz um trabalho para ele aprender a sugar o leite. Em seguida, ele vai pro método canguru, ficando juntinho da mãe e, muitas vezes, ela volta a produzir leite”, afirma Daniele Maciel.
Rota domiciliar – O Banco de Leite realiza o serviço de rota domiciliar. A mulher que tem leite excedente pode ligar para o telefone 3015 1555 e fazer seu cadastro. Ela recebe em casa um kit contendo os recipientes de vidro e tampa de plástico esterilizados, máscara e gorro, e recebe orientação sobre como coletar o leite. As doações são coletadas em casa, inclusive contemplando as cidades de Bayeux, Santa Rita e Cabedelo.
O Banco de Leite tem um posto de coleta no ICV e atende das 8h às 17h de segunda à sexta-feira. No local, também são disponibilizadas informações sobre a doação, bem como orientações sobre amamentação, como dificuldade do bebê em sugar leite ou dores nas mamas, por exemplo.
Para ser doadora, a mulher não pode ter doença infectocontagiosa, como Aids, sífilis e hepatites, entre outras, nem ter tomado medicamento de uso contínuo, como psicotrópicos.
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