Beneficiárias do Bolsa Família fazem curso sobre como administrar orçamento doméstico

Mônica Melo

A dona de casa Eliana Batista Queiroz resolveu adquirir um cofrinho como forma de tentar poupar algum dinheiro. Beneficiária da Bolsa Família, dona de casa, solteira e mãe de um menino pequeno, ela sabe que precisa utilizar o dinheiro do beneficio de forma racional para dar conta das despesas da casa.

Eliana participou de uma das oficinas de Orientação Financeira que estão sendo oferecidas pelos Centros de Referência de Assistência Social para as mulheres atendidas pela Bolsa Família em João Pessoa. “Muita gente não dá valor a cursos como esse, mas ele é uma benção, aprendi a valorizar o dinheiro, organizar o orçamento, para mim que sou sozinha, isso é muito importante”, apóia.

A dona de casa é uma das 400 mulheres que deverão participar de uma das oito oficinas que já estão acontecendo em vários pontos da cidade durante esta semana. A atividade também servirá para organizar dados sobre o desenvolvimento social local que serão enviados ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e ao MDS (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome).

De acordo com a diretora de Assistência Social da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), Themis Gondim de Oliveira, o objetivo da oficina não é apenas orientar as mulheres a como utilizar o beneficio em prol da família, mas também saber como elas já o estão usando e se os recursos são suficientes para suprir as necessidades básicas dessas mulheres. Também servirá para saber se ela está conseguindo acessar outras políticas sociais que lhe assegure acesso a uma renda própria. “Estamos vendo como elas estão pensando a sua saída do benefício, que é temporário. Estamos trabalhando na perspectiva da qualificação profissional através, por exemplo, dos cursos do Pronatec, para que elas saiam definitivamente do circulo de pobreza”.

A coordenadora do Cras do Alto do Mateus, onde a atividade ocorreu nesta quarta-feira (25), Aneli Pereira do Nascimento, explica que todas as participantes já são acompanhadas pelo Cras. “A Bolsa Família muitas vezes é a única renda dessas famílias, muitas são mães solteiras ou a chefe da casa”, explica. Oficinas com essa também servem para que as mulheres freqüentem os Cras e conheçam os demais serviços oferecidos pela rede de assistência social.