Celeiro Espaço Criativo sedia evento que discute produção e consumo da moda

Por Max Oliveira - em 974

O Celeiro Espaço Criativo recebe nesta sexta-feira (27), a partir das18h, a programação de encerramento da Semana Fashion Revolution – João Pessoa. O evento é realizado em diversas cidades brasileiras e do mundo, e foi criado por um conselho global de líderes da indústria da moda sustentável, com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre o verdadeiro custo da moda e seu impacto em todas as fases do processo de produção e consumo.

Na oportunidade, serão realizadas duas mesas redondas – a primeira irá discutir a sustentabilidade entre marcas de moda, com Thales Balbino e participação das marcas Lerita (case: Sacolas Take Out). Em seguida, acontece uma roda de conversa sobre alternativas de consumo de moda, com participação de Feirica, Siamese brechó, Pobrechó e Fábio Rodrigues.

Haverá, ainda, uma performance para a criação de uma peça de roupa a partir de reaproveitamento de resíduos, com os designers: Maria Celia Lima, Willer Moura, Edu Duarte e Eny Marisa. A curadora do Celeiro Espaço Criativo, Lúcia França, ressalta a importância da Prefeitura de João Pessoa apoiar o evento, destacando a relevância das discussões acerca da moda.

“A gente sabe que a indústria da moda tem os seus acertos e seus erros, e tudo isso tá no nosso dia a dia, através da produção e do consumo. Portanto, refletir sobre todas essas questões, como mão de mão de obra análoga a trabalho escravo, por exemplo, é muito importante e, com certeza, trará benefícios para o meio”, disse Lúcia França.

Gabriela Maroja, uma das organizadoras da Semana Fashion Revolution, explica que o evento é voltado para o público em geral, tanto de pessoas ligadas à moda, como consumidores. Ela explica que o movimento tem um caráter de denúncia aos meios de produção de trabalho análogo a escravo, muito presente no mundo da moda. “O movimento nasceu depois do desabamento do edifício Rana Plaza, em Bangladesh, em abril de 2013, que  deixou 1.133 mortos e 2.500 feridos”, conta.

“Pregamos ética e transparência no mundo da moda. Queremos valorizar a mão de obra, o respeito ao trabalhador e as leis ambientais”, continua Gabriela Maroja.