Centro de Zoonoses doa animais e realiza mostra sobre serviços em saúde

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O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) realizou, durante todo dia desta sexta-feira (22), a primeira Exposição de Animais para Doação da Secretaria de Saúde (SMS) em 2013. Foram doados, ao todo, 58 animais, sendo 37 cães e 21 gatos – a maioria deles, filhotes.

“Foi um evento muito positivo, em todos os aspectos”, avaliou Nilton Guedes, gerente de Vigilância Epidemiológica da SMS. Na mesma ocasião, o CCZ também realizou uma mostra sobre os serviços prestados pela unidade no controle de pragas e parasitas, com explicações de técnicos, exposição de animais empalhados e observação de larvas, ovas e insetos em microscópios.

“Nossas portas estão abertas à população. Queremos que todos venham, conheçam nossos serviços e ações e se sintam atraídos pela ideia de adotar um animal, não só em eventos como o de hoje, mas também nos dias comuns”, disse Nilton. Escolas, universidades e grupos da comunidade em geral podem agendar visitas ao CCZ. “Também estamos à disposição de visitantes individuais, diariamente”, acrescentou.

Segundo ele, nesta primeira exposição do ano foi implantado o sistema de adoção responsável, no qual o interessado passa por triagem e avaliação para ver se tem possibilidade de criar o animal. “A partir desse primeiro contato, vamos fazer um acompanhamento dessa pessoa, para verificar as condições do animal e prestar esclarecimentos”, explicou.

Bicho de estimação – O vendedor Enilson Ribeiro de Jesus, 42 anos, foi à Exposição de Animais para Doação do CCZ já sabendo o que queria: reaver a cadela Belinha, que ele havia adotado num evento anterior do próprio centro e que, há quatro meses, tinha sido “esquecida” pelo carro de mudança que levou sua família para outro bairro da cidade. “Não tinha um dia em que eu não chorasse e pedisse a Deus para reencontrá-la. Vou cuidar dela até o fim da vida!”, garantiu, aliviado.

Já o montador de móveis Thiago Araújo da Silva, 27, foi à exposição atendendo a um pedido do filho, João Lucas, de apenas 3 anos. Louco por bichos, o menino não sossegou enquanto não saiu do lugar com uma cadelinha. “Ele gosta muito e a gente decidiu adotar. Vamos cuidar direitinho, pois um cachorro é um ser vivo como outro qualquer, merece respeito”, disse ele, consciente da responsabilidade do ato de adotar um animal.

Os cães geralmente são mais procurados nas exposições, mas também há quem se derreta por felinos. “Minha família sempre criou gatos. O último já estava velhinho e morreu, daí decidimos procurar outro. Coincidiu com a exposição, então eu vim logo pegar o nosso bichano”, contou Herbert dos Reis Cabral, estudante de 26 anos.

Zoonoses – A diretoria do CCZ pretende realizar exposições para a adoção de animais com mais frequência – e em outros ambientes, como escolas, praças e logradouros apropriados. “O objetivo é proporcionar vida digna a esses animais e informar as pessoas sobre nossas ações. O CCZ não é um hospital ou um matadouro, mas um espaço para controlar as doenças transmitidas por animais aos homens, como raiva e calazar”, ressaltou Nilton.

Esse trabalho, segundo ele, é feito por meio do controle de populações de animais domésticos (gatos, cães e outros de grande porte) e de animais sinantrópicos (morcegos, pombos, ratos, mosquitos e abelhas, entre outros). “É uma ação que deve ser principalmente educativa, e não apenas focada em atos legais e fiscais. Para isso, precisamos da participação e da colaboração de toda a sociedade, trazendo sugestões e buscando esclarecimentos”, disse.

Ele salientou ainda que é permitido ao CCZ praticar a eutanásia em animais, em conformidade com o Ministério da Saúde e com a Resolução 1.000/2012, do Conselho Federal de Medicina Veterinária. “Fazemos isso somente quando não há mais chance para o animal, devido a doenças como raiva e leishmaniose. É um serviço realizado dentro da lei e com métodos humanitários”, concluiu.