Centro Sinhá Bandeira prepara jovens e adultos para o mercado de trabalho
Fátima Sousa
Participar do Curso de Informática Fundamental, ministrado no Centro Intergeracional Sinhá Bandeira, tem sido motivo de alegria da dona de casa Dorivânia Pereira, 72 anos. O curso faz parte do ciclo de atividades realizadas na unidade, com a proposta de inclusão digital, formação para o mercado de trabalho e terapia ocupacional para jovens, adultos e pessoas da terceira idade.
Dorivânia, que mora no bairro Expedicionários, bem perto do Sinhá Bandeira, diz que está muito animada com o curso. “Eu estava me sentindo deslocada, na era da Informática sem saber usar o computador. Tinha um pouco de receio, mas estou gostando muito, o professor é muito atencioso e paciente. Meu objetivo é ir até o final do curso e participar de outros”, acrescentou.
Criado para qualificação profissional de jovens e adultos, com foco na terceira idade, o Sinhá Bandeira é uma das unidades produtivas da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), coordenada pela Diretoria de Organização Comunitária e Participação Popular (Dipop).
Além do curso de Informática Básica, estão sendo ministrados os cursos de Reciclagem de Retalhos, Pintura em Tecido, Corte e Costura e Crochê. Atualmente estão participando 60 pessoas. Nos últimos três anos, a unidade localizada na Rua Cap. João Freire, Expedicionários, contribuiu para a inserção de mais de 1 mil pessoas no mercado de trabalho.
Ajuda na renda – A dona de casa Tânia Rodrigues Campos, moradora da Rua Juarez Távora, na Torre, também está bastante animada com o curso de Reciclagem de Retalhos. “Além da terapia ocupacional, estou participando com o desejo de acrescentar um dinheirinho no orçamento familiar. Já faço outros tipos de artesanato que aprendi nos cursos daqui e vendo para as pessoas amigas”, destacou.
Maria das Dores é outra aluna bastante animada com o curso de Reciclagem de Retalhos. Ela diz que participa dos cursos do Sinhá Bandeira há três anos. “Fiz vários cursos de artesanato e vendo alguma coisa. Meu maior sonho é que haja o apoio da Prefeitura para participarmos nas feiras organizadas pela gestão”, disse.
A aluna de Informática Mariane Gonçaves de Sousa considerou o curso muito importante para a formação, não importando a idade. “Acho muito interessante que o governo ofereça cursos como esse. A idade para aprender nunca é tarde, estou me dedicando bastante e sei que vou longe com a ajuda desse professor, que é muito bacana”, elogiou.
Acolhimento – Soia Lira, coordenadora do Sinhá Bandeira destacou que o Centro acolhe pessoas não só de João Pessoa, mas até de outras cidades. Segundo ela, quando sobram vagas, também são aceitas pessoas de bairros mais distantes, a exemplo do Alto do Mateus e Colinas do Sul e cidades vizinhas, como Bayeux e Cabedelo.
“Os professores, além da formação, também trabalham com terapia ocupacional, contribuindo para a elevação da autoestima dos participantes”, disse Soia Lira. O Sinhá Bandeira recebe pessoas com deficiência, de unidades locais e pacientes do Hospital Napoleão Laureano.