Centros de Atenção Psicossocial tem mais de 4,8 mil usuários cadastrados

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D“Aqui nós temos toda a assistência necessária. O Caps mudou a vida da minha família e do meu filho principalmente. As oficinas e o acompanhamento regular fazem toda a diferença no tratamento” disse Denise Ferreira, mãe de um usuário do Caps i – Cirandar, um dos quatro Centros de Atenção Psicossocial (Caps) disponibilizados pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio da Secretaria Saúde (SMS), com o intuito de prestar assistência à população. Ao todo são mais de 4,8 mil usuários cadastrados.

Os Caps são instituições destinadas a acolher pessoas com transtornos mentais e persistentes ou que fazem uso abusivo de substâncias psicoativas. Os Centros substituem a internação psiquiátrica, buscando a reinserção social através do tratamento, uma política defendida pelo Ministério da Saúde através da portaria 10.216/2001, que diz respeito à reforma psiquiátrica.

Para ser atendido no Caps, a família ou o próprio paciente podem procurar diretamente os serviços ou ser encaminhado por alguma Unidade de Saúde da Família (USF). Após o primeiro contato, feito através de triagem, o usuário é encaminhado para o tratamento mais adequado, seja no Caps ou em outro serviço da rede municipal de saúde, onde receberá todos os cuidados necessários.

Segundo a diretora do Caps Gutemberg Botelho, Sandra Carvalho, qualquer pessoa pode usufruir do serviço e o tratamento é ajustável de acordo com as necessidades do usuário. “No Centro, o paciente recebe acompanhamento médico e psicológico, além de participar de oficinas, grupos terapêuticos, atividades esportivas e culturais que procura integrá-los em um ambiente social e cultural junto às famílias. É apresentado como o núcleo de uma nova clínica, produtora de autonomia, que convida o usuário à responsabilização e ao protagonismo em toda a trajetória do seu tratamento”, destacou.

Na Capital, são disponibilizados quatro Centros de Atendimento Psicossocial, uma unidade de acolhimento infantil e duas residências terapêuticas, além do Pronto Atendimento de Saúde Mental (Pasm) e leitos em hospitais gerais que fazem parte da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) e funcionam de acordo com a Política Nacional de Saúde Mental. “Trabalhamos para estabelecer uma Rede adequada ao atendimento dos usuários e suas famílias” comentou a diretora da seção de Saúde Mental, Janaína D’Emery

Alguns Centros, como o Cirandar, oferecem apoio psicológico e oficinas artesanais com assistentes sociais aos pais e responsáveis das crianças, além de possuir atividades externas, que influenciam nas relações sociais e com o meio ambiente.  A psicóloga que acompanha as crianças do Caps Cirandar, Germana Stropp, destaca que alguns transtornos não têm cura, mas tem tratamento e o acompanhamento é fundamental para o crescimento e desenvolvimento do paciente.

Caps III – Gutemberg Botelho – É o responsável pelo atendimento e tratamento de transtornos mentais severos e persistentes ofertando acolhimento, tratamento com medicamentos, atividades comunitárias, oficinas culturais e visitas domiciliares. Funciona 24 horas e chega a 120 atendimentos por dia. Atualmente são 750 usuários em tratamento e 2.000 cadastrados nos serviços, a maioria é de mulheres com a média de idade entre 30 e 49 anos. Os casos mais frequentes são de esquizofrenia e bipolaridade.D

Caps AD – Rangel – É o centro de atendimento e tratamento de portadores de transtornos mentais decorrentes do uso e dependência do álcool e outras drogas, oferecendo atendimento à desintoxicação leve, oficinas terapêuticas e culturais, atendimentos domiciliares e assistência individual psiquiátrica e psicológica. Atualmente são cadastrados 1.408 usuários, sendo 576 ativos. Diariamente a unidade chega a atender 60 pacientes. O Centro conta com 10 leitos, masculinos e femininos, para desintoxicação leve, com assistência 24 horas.

Caps Caminhar – Atende e trata os portadores de transtornos mentais ofertando tratamento com medicamentos, atividades comunitárias, oficinas culturais e visitas domiciliares. Atualmente, são 460 usuários ativos sendo atendidos diariamente 70 pacientes. Na unidade, que possui seis leitos de observação, são cadastradas mais de 1.800 pessoas.

Caps I – Infanto Juvenil Cirandar – É o centro de atendimento e tratamento de crianças e adolescentes que apresentam transtornos psicóticos, neuróticos e usuários de substancias psicoativas ofertando atividades socioculturais, comunitárias e terapêuticas, visitas domiciliares e tratamento com medicamentos. São 390 pacientes em atendimento, 690 cadastrados e uma média de 30 atendimentos diários. As crianças ficam no Caps e recebem o tratamento no horário oposto ao da escola para que a educação não seja prejudicada.

Pasm – O município também conta com o Pronto Atendimento em Saúde Mental (Pasm), para pacientes que necessitam de atendimentos de urgências e emergências psiquiátricas, no Complexo Hospitalar de Mangabeira. A unidade funciona 24 horas e é referência no atendimento a surtos psicóticos, uso compulsivo ou abstinência de álcool e outras drogas, ideação e tentativa de suicídio, ansiedade e depressão aguda.

Confira endereços e serviços

– Caps Caminhar (transtornos mentais graves e persistentes)
Endereço: Rua Paulino Santos Coelho, s/n, Jardim Cidade Universitária.
Telefone: 3218-7008
Horário de atendimento: 24h

– Caps III – Gutemberg Botelho (referência em atender adultos com transtornos mentais graves, severos e persistentes)
Endereço: Rua Minas Gerais, nº 409, Bairro dos Estados
Telefone: 3211-6700
Horário de Atendimento: 24h

– Caps AD – Rangel (álcool e outras drogas)
Endereço: Rua José Soares, s/n, Rangel.
Telefone: 3218-5244
Horário de Atendimento: 24h

– Caps I – Infanto Juvenil Cirandar (transtornos mentais, álcool e outras drogas)
Endereço: Rua Gouveia Nóbrega, s/n, Róger.
Telefone: 3214-6079
Horário de Atendimento: 8h às 17h

– Pasm (Complexo Hospitalar de Mangabeira – Ortotrauma)
Endereço: Rua Agente Fiscal José Costa Duarte, s/n, Mangabeira II.
Telefone: 3218-9725 / 3218-9727
Horário de Atendimento: 24h