Cirurgias do Ortotrauma aumentam em 40% nos seis primeiros meses deste ano

Dina Melo

 

Referência em ortotraumatologia e no tratamento da dor, o Complexo Hospitalar de Mangabeira Governador Tarcísio Burity (Ortotrauma ou Trauminha, como é conhecido), localizado em Mangabeira, realiza, entre casos de urgência e emergência, mais de 10 mil consultas e cerca de 18 mil exames laboratoriais todos os meses, em pacientes da Capital, região metropolitana de João Pessoa e outras cidades do interior.

A unidade atende casos de urgência e emergência em clínica médica, traumatologia e cirurgia geral e realiza cirurgias eletivas em traumato-ortopedia, além de urgências pediátricas também na área da ortopedia. O hospital também possui equipamento para realização de exames mais complexos, a exemplo de endoscopia digestiva e de imagem e ultra-sonografia.

De acordo com a diretora-geral, Fabiana Araújo, o número de cirurgias de grande porte também deu um salto. “Comparado com 2014, o aumento foi de 40%”, cita, completando que há dias em que a demanda chega a 25 procedimentos cirúrgicos. “No tocante ao serviço de endoscopia digestiva, o crescimento foi de 100% neste período”, informa. Entre janeiro e abril deste ano, superou-se a marca de 32 mil atendimentos, e o tempo de espera do paciente também caiu pela metade.

O complexo hospitalar Ortotrauma abriga um total de 181 leitos, sendo 99 de cirurgia de ortopedia e traumatologia, quatro isolamentos, 46 de clínica geral, oito de UTI, 10 de psiquiatria, 10 para cirurgia geral e quatro leitos-dia para diagnose e terapêutica.

Outros serviços – O Ortotrauma também oferece outros serviços de saúde à população. Referência no tratamento da dor crônica no Nordeste, o Centro de Reabilitação e Tratamento da Dor (Cendor) oferece aos pacientes com dificuldades de locomoção várias especialidades concentradas, como acupuntura, cinesioterapia (que demanda trabalho muscular do paciente), reumatologia, neurologia, hidroterapia e pilates.

PASM – Pacientes de transtornos mentais também são atendidos. O serviço de Prontoatendimento de Saúde Mental (Pasm) está de prontidão 24 horas para o tratamento afim e dependência química, contando com o apoio de uma equipe multiprofissional. “Toda a equipe está interessada em desenvolver a inclusão e a autonomia do paciente, ao romper com a ideia de tratamento manicomial”, reconhece.

“O Pasm foi criado ante a necessidade de auxiliar as pessoas que estão passando por problemas psíquicos instantâneos e/ou persistentes. A área de atuação da entidade ultrapassa os limites da Capital e também desenvolve atividades em Santa Rita, Bayeux, e Cabedelo”, detalha Fabiana.

Investimentos – Recentemente, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Ortotrauma foi totalmente reequipada. Mais de R$ 800 mil foram investidos na compra de novos aparelhos, possibilitando diagnósticos mais rápidos. Dentre os equipamentos adquiridos, destacam-se nove monitores multiparâmetros – utilizados para o acompanhamento da frequência cardíaca e a pressão arterial dos pacientes, oito camas hospitalares elétricas, um eletrocardiógrafo e nove ventiladores mecânicos.

No serviço de pronto-socorro, destaca-se a entrega de 15 poltronas para os pacientes em observação, um eletrocardiógrafo e cadeiras de rodas para aqueles com dificuldade de locomoção. No setor de internação, o número de leitos cresceu para 15 no último ano, o que garante pelo menos mais 60 internações por mês. Também foi entregue mais uma ambulância para facilitar o transporte entre as unidades hospitalares, o que demonstra a preocupação com a assistência.

Perfil – Para Fabiana Araújo, é preciso que as pessoas também tenham conhecimento do perfil de atendimentos do Ortotrauma: “Fraturas e cirurgias de lesões crônicas do sistema osteoarticular, a exemplo de traumas na mão, punho, antebraço, braço, cotovelo e tíbia, são tratadas aqui”, elenca. “Já os casos neurológicos, de politraumatismos e suspeita de lesões vasculares devem ser encaminhados para o Hospital de Trauma Humberto Lucena, do Estado”.