Complexo Hospitalar de Mangabeira contribui para formação de profissionais

Por Thadeu Rodrigues - em 2174

O Complexo Hospitalar de Mangabeira Governador Tarcísio de Miranda Burity (Ortotrauma) contribui para a formação dos futuros profissionais de saúde de João Pessoa. Apenas no primeiro semestre deste ano, 642 estudantes estagiaram na unidade hospitalar, tendo a oportunidade de obter conhecimentos práticos e teóricos em sua área de atuação.

“Nós desenvolvemos uma rede de serviços-escola, com a participação fundamental dos nossos profissionais e dos estudantes, que são capacitados aqui para aprender na prática o que farão quando estiverem graduados”, afirma a diretora do Complexo Hospitalar de Mangabeira, Fabiana Araújo.

Ela destaca a troca de conhecimentos, inclusive teórica, a exemplo do I Encontro Científico, realizado em novembro deste ano. “Temos uma dinâmica que funciona, com estudante qualificado e profissional qualificado”.

A coordenadora do Núcleo de Residência, Estágio e Pesquisa (Nurepe), Mariana Gonsalves, conta que são realizadas visitas às instituições de ensino para explicar como funciona o estágio curricular.

“Verificamos questões como objetivos do estágio, períodos e horários, número de estudantes, os mecanismos de acompanhamento, e a dinâmica de funcionamento do serviço, considerando o respeito ao usuário, dentre outras questões, conforme a necessidade da faculdade, e a capacidade de oferta e possibilidade do hospital”, diz Mariana Gonsalves.

Antes de iniciar suas atividades, os estagiários recebem orientações no Nurepe sobre as normas e rotinas do hospital. Eles entram em campo com um preceptor.  “As faculdades podem enviar tutor, mas caso não enviem, há prioridade para profissionais da casa atuarem fora do horário de trabalho, porque já conhecem o serviço”, explica Mariana Gonsalves.

Telemedicina – Um dos campos de estágio no Complexo Hospitalar de Mangabeira é o do telemedicina, um aparelho cedido pelo Hospital Israelita Albert Einstein, que viabiliza a consulta a especialistas de diversas áreas – intensivistas, cardiologistas, neurologistas e clínicos gerais -, por meio de teleconferência.

Os aparelhos de telemedicina estão instalados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e na sala vermelha, onde estão os leitos de pacientes em estado grave. O projeto é coordenado pelo médico André Macedo e pela coordenadora de suporte, Suelen Souza.

As estudantes de Medicina Iane Alves e Jaciara Miranda são estagiárias do projeto e afirmam ter aprendido muito com a utilização da ferramenta. “Este intercâmbio de opiniões clínicas é muito importante, inclusive para nós que ainda somos estudantes. Nós acompanhamos as consultas que os médicos daqui fazem aos profissionais do Einstein e observamos a resolução de dúvidas quanto às condutas e os diagnósticos”, afirma Iane Alves.

Jaciara Miranda conta que está aprendendo na prática sobre assuntos que ainda não teve acesso na faculdade. “Temos uma grande oportunidade de aprendizado com os médicos do Ortotrauma e do Albert Einstein. Uma médica de lá nos convidou para desenvolver uma pesquisa e um artigo com ela. Então, vai ser muito bom para nosso currículo divulgarmos este material nos eventos Brasil afora”, diz a estudante.

Ligas acadêmicas – Independente de qualquer vínculo com o Complexo Hospitalar de Mangabeira, os estudantes podem ser reunir em ligas acadêmicas para estudar um objeto específico, conforme informa a coordenadora do Nurepe, Mariana Gonsalves.

“Se alguns estudantes querem estudar os rins, por exemplo, eles devem montar um regimento na faculdade em que estudam, aprová-lo junto ao diretório central de estudantes e registrá-lo em cartório. O Nurepe avalia e, se estiver tudo certo, libera a prática desta pesquisa”, esclarece Mariana Gonsalves.

Ela cita algumas ligas acadêmicas em execução, como as de cirurgia, traumatologia e hipertensão, por exemplo. “Além de produzir trabalhos acadêmicos, eles acompanham os médicos plantonistas e ganham experiência”, ressalta a coordenadora do Nurepe.

As pesquisas relacionadas ao Complexo Hospitalar de Mangabeira são de todos os âmbitos de ensino, ou seja, técnico, graduação, mestrado e doutorado, além de projetos de extensão. “Todos podem fazer pesquisas. Só é preciso procurar o Nurepe para se informar dos procedimentos”, conta Mariana Gonsalves.

Distribuição dos estagiários

Enfermagem – 363

Fisioterapia – 90

Medicina – 85

Técnico de Enfermagem – 52

Serviço social – 24

Farmácia – 13

Radiologia – 9

Segurança do Trabalho – 4

Nutrição – 3