Confira dicas do Samu para evitar acidentes domésticos com crianças

Por Ascom SMS - em 5369

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Remédios, produtos de limpeza, brinquedos, baldes e bacias, escadas e tomadas são alguns itens que merecem a atenção redobrada de adultos que têm crianças em casa. Essa atenção deve ocorrer principalmente nesse período de férias escolares, época em que aumentam os casos de acidentes domésticos.

Dados do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de João Pessoa (Samu- 192) mostram que de janeiro a junho deste ano foram registrados 997 chamados de ocorrências listadas como acidentes domésticos. De acordo com a estatística, a queda é a mais frequente, com 646 chamadas registradas.

“O importante é ficarmos alerta porque 90% desses acidentes podem ser evitados, tanto quando envolvem crianças, mas também com adultos ou idosos”, explicou a médica e coordenadora do Samu, Erika Rivenna. “Nos períodos de férias escolares, principalmente nos meses de junho a agosto e de dezembro a fevereiro, há um aumento no número de chamados de acidentes domésticos com crianças e idosos”, completou.

De acordo com a médica, é comum o atendimento por intoxicação exógena, quando o indivíduo é exposto a substâncias químicas (agrotóxicos), faz uso ou ingere indevidamente medicamentos, produtos de uso doméstico, cosméticos e de higiene. Há também os casos com queimaduras, quedas, engasgos e automedicação.

“No caso de crianças, é importante que os adultos as deixem sobre o cuidado de pessoas experientes e que não as exponham a riscos. Os cuidados preventivos dentro de casa precisam ser observados regularmente, pois as estatísticas mostram que os perigos mudam de acordo com o desenvolvimento dos bebês e crianças, vindos acompanhados com a curiosidade de cada faixa etária”, explicou.

Os cuidados são direcionados também às queimaduras, com a presença de crianças próximo ao fogão, e com instrumentos como ferramentas e facas. “Já registramos chamados de acidentes com arma de fogo e com armas brancas envolvendo crianças. Por isso, reforçamos que haja esse olhar de atenção e prudência, um descuido pode trazer grandes prejuízos à família”, alertou a médica.

Segundo dados do Ministério da Saúde, as lesões não intencionais, a exemplo de quedas, queimaduras, obstruções de vias aéreas, etc, são responsáveis por cerca de 5 mil mortes por ano e consideradas a principal causa de óbito entre crianças e adolescentes de até 14 anos. Ao todo, mais de cinco mil crianças morrem e cerca de 110 mil são hospitalizadas anualmente.

Serviços – Para atendimento em casos de queimaduras e quedas com pancadas na cabeça (traumatismo crânio encefálico), os usuários devem ser socorridos pelo Samu ou ir de imediato para o Hospital de Trauma Senador Humberto Lucena.

Já os demais atendimentos de urgência e emergência, os usuários podem procurar, além dos hospitais, as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) para receber os primeiros socorros e encaminhamentos necessários.

Confira algumas dicas de como evitar incidentes dentro de casa:

Asfixia – Não deixar pequenos objetos no chão que possa ser levado a boca da criança. É importante manter a organização no quarto de brinquedos e tomar cuidado com fios e cordas.

Queimaduras – Deve-se evitar cabo de panela voltado para fora do fogão e preferencialmente utilizar as bocas de traz do eletrodoméstico. Evitar também brincadeiras com álcool e o uso de fogos de artifício.

Choques – Para evitar acidentes elétricos com crianças, utilize protetores de tomadas giratórias.

Afogamentos – Para bebês e crianças pequenas, baldes, banheiras e até vasos sanitários podem oferecer riscos. É primordial ainda cercar piscinas ou mantê-las cobertas.

Quedas – Não deixar cadeiras, camas e bancos perto de janelas e providenciar antiderrapantes nos tapetes para evitar escorregões.

Intoxicação – É importante que esses itens tenham os rótulos preservados em suas embalagens originais e sejam colocados em prateleiras altas, de forma que uma criança não alcance. Em casos de ingestão de medicamentos, inseticidas, álcool, detergentes e outras substâncias tóxicas, a primeira providência é levar a criança para uma emergência hospitalar.

Objetos afiados – Mantenha os objetos cortantes em uma altura segura para que a criança não tenha acesso.

Arma de fogo – Quando se tem arma de fogo em casa, o cuidado deve ser redobrado. A solução mais apropriada, neste caso, é guardá-la em local com chaves. No caso de crianças, que em regra são curiosas, não mencionar a existência de uma arma em casa.