Coordenador de programa contra drogas destaca ação em escolas no combate ao crack

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DEm audiência realizada na manhã desta quarta-feira (27), o coordenador nacional de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, Roberto Tykanori, enfatizou a participação ativa da escola para que o programa “Crack, é possível vencer”, do Ministério da Saúde, tenha plena eficácia. A avaliação foi feita em audiência realizada na Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

No evento, que teve representantes das secretarias municipais de Educação e de Desenvolvimento Social e o governo do Estado, por meio da secretária Maria Aparecida Ramos, de Desenvolvimento Social, o coordenador deu sequência às articulações governamentais estabelecidas pelo programa e destacou o trabalho conjunto entre setores da saúde, da educação e da assistência social no combate às drogas. “As técnicas de prevenção nas escolas são extremamente importantes para diminuir o consumo de drogas entre os jovens, com resultados em médio e longo prazos”, salientou Tykanori.

Para o secretário municipal de Saúde, Adalberto Fulgêncio, além desse esforço conjunto entre setores distintos do poder público, o programa só terá êxito com a união entre os três níveis de poder público – municipal, estadual e federal. “Quando há o engajamento dos três níveis de poder, a administração de recursos é mais bem aproveitada”, disse.

Tykanori apresentou um projeto piloto de programas de prevenção ao uso e abuso do álcool, crack e outras drogas nas escolas municipais. “O programa é de grande complexidade, por isso, todas as estratégias precisam ser avaliadas e bem articuladas”, disse Janaína de Oliveira, coordenadora da Seção de Saúde Mental da SMS.

Crack, é possível vencer – Lançado em dezembro de 2011, o programa é um conjunto de ações do Governo Federal para enfrentar o crack e outras drogas. Com investimento de R$ 4 bilhões e articulação com os estados, Distrito Federal e municípios, além da participação da sociedade civil, a iniciativa tem o objetivo de aumentar a oferta de tratamento de saúde e atenção aos usuários de drogas, enfrentar o tráfico e as organizações criminosas e ampliar atividades de prevenção até 2014.

Tratamento – De acordo com a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, 80% dos usuários de crack manifestam desejo de buscar tratamento. Esse é um dos dados do estudo “Estimativa do número de usuários de crack e/ou similares nas capitais do País”, encomendado pela secretaria à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A pesquisa mostrou que os usuários regulares de crack ou de formas similares de cocaína fumada (pasta-base, merla e oxi) somam 370 mil pessoas nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal – ou 0,8% da população desses locais. Cinquenta mil usuários são menores de 18 anos, o que demanda políticas públicas específicas para adolescentes.