Criado há um ano, Núcleo de Regulação Interna do Ortotrauma agiliza atendimento aos pacientes

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Thadeu Rodrigues

 

servicos_trauminha_foto_julianasantos-86O Complexo Hospitalar de Mangabeira Governador Tarcísio de Miranda Burity (Ortotrauma) criou há um ano o Núcleo de Regulação Interna (NIR) para agilizar o atendimento aos pacientes. Diariamente, a equipe do setor faz visitas a todos os pacientes da unidade, verificando seu estado clínico e o tempo de permanência no hospital para otimizar a assistência e o cuidado prestado.

A equipe do NIR é composta por uma médica, uma enfermeira e uma auxiliar administrativa. Além de regular o fluxo de leitos internos, o setor regula admissões de pacientes externos provenientes de outras unidades de saúde. Semanalmente, é feita uma reunião para avaliar questões como suprimentos de material hospitalar e atendimento clínico.

A diretora-geral do Complexo Hospitalar, Fabiana Araújo, ressaltou que com esse trabalho o tempo médio de permanência do paciente no hospital foi reduzido de 13 para seis dias. “Com esse trabalho, temos o controle da situação de todos os pacientes. Então, se alguém chega e fica na urgência, mas há vacância de leito em uma enfermaria, transferimos o paciente imediatamente. As visitas diárias contribuem para o melhor acompanhamento do paciente, identificando condições de conceder alta”, afirmou.

Método Kanban – Gerlany Procópio, diretora de Cuidados, explicou que o acompanhamento dos pacientes é feito pelo método Kanban, desenvolvido pelo sistema Toyota de produção. No contexto hospitalar, o tempo de permanência dos pacientes é indicado por cores (verde, amarelo e vermelho).

A cor verde indica que o tempo de permanência está abaixo da média. A cor amarela mostra que o período está no limite da média, enquanto que a cor vermelha identifica que o tempo de permanência está acima da média.

“A classificação depende de cada setor do Complexo Hospitalar. Por exemplo, se o paciente ficar na urgência mais de 24 horas, já está classificado na cor amarela. Mas, na sala vermelha, que trata de casos mais graves, a classificação amarela é só a partir do oitavo dia. O ideal é que todos estejam na classificação verde”, explicou. Todos os dias o sistema é atualizado e são feitas mudanças no prontuário do paciente, se necessário.

A aposentada Maria Santos, de 72 anos, se recupera de uma cirurgia da vesícula. O quadro clínico dela é da classificação verde. “Conforme o médico me disse, está tudo dentro do programado. Estou recebendo a medicação e a alimentação adequada. Espero me recuperar rápido para ir para casa”, contou.

Ágatha Garcez, enfermeira do NIR, destacou que o tempo de permanência de cada paciente no hospital é decorrente de vários fatores. “Muitas vezes o paciente não tem condições clínicas de ser operado, como o caso de um senhor cuja taxa de diabetes estava muito alta. Mas foi feito um acompanhamento com um endocrinologista, a taxa baixou e ele foi operado”.

Regulação – A diretora assistencial Jackeline Acioli ressalta que o NIR também contribui para a transferência de pacientes a hospitais de referência. O Complexo Hospitalar de Mangabeira é especializado em cirurgia ortotraumatológica de áreas abaixo do joelho e do cotovelo. Mas como é um hospital de portas abertas, é obrigado a atender todos os pacientes. No mês passado, 41% dos pacientes eram de outros municípios.

“Se chega um caso de paciente com problema cardíaco, fazemos os primeiros atendimentos e, quando conseguimos uma vaga no Hospital Santa Isabel, por exemplo, que é o hospital de referência no serviço, já encaminhamos este paciente para lá em nossa ambulância”, afirmou Jackeline Acioli.