Defesa Civil visita comunidades e elabora ações para período chuvoso na Capital

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A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec) está finalizando a elaboração do plano de contingência para o período chuvoso em João Pessoa. A equipe e as secretarias parceiras estiveram, na manhã desta quarta-feira (9), nas comunidades Saturnino de Brito e Renascer para avaliar os riscos à população. A execução do plano já começa na próxima segunda-feira (14) no mesmo local.

De acordo com o coordenador da Compdec, Noé Estrela, há muitos problemas em comum nas 31 áreas de risco em João Pessoa, por isso, a visita às duas comunidades serve de base para o que precisa ser feito nas demais. “Já identificamos uma série de ações a serem implementadas, como limpeza, retirada de lixo, poda ou corte de árvores, recuperação do pavimento em paralelepípedo do acesso principal, desobstrução e revisão da rede de esgotamento sanitário, além da drenagem pluvial com limpeza das galerias e encostas dos rios”, disse.

Ações – O plano deve ser executado em 12 semanas, incluindo obras e ações em duas ou três comunidades por semana. A parceria é feita com a Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur); Guarda Municipal; Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob); e as secretarias de Infraestrutura (Seinfra), Meio Ambiente (Semam), Desenvolvimento Urbano (Sedurb), Desenvolvimento Social (Sedes) e Saúde (SMS); além da Companhia de Águas da Paraíba (Cagepa) e Energisa.

O superintendente da Emlur, Anselmo Castilho, destaca que a autarquia vai atuar na limpeza da área para evitar que o lixo obstrua a passagem da água da chuva. “Também percebemos a existência de entulho da construção civil. Vamos investigar para identificar quem deposita os resíduos irregularmente na comunidade” disse ele, que colocou à disposição da operação os caminhões e as retroescavadeiras da Emlur.

Moradia – A ação nas comunidades também inclui a remoção das famílias das casas em local de risco. De acordo com o engenheiro da Compdec, Alberto Sabino, já foi constatado que 150 moradias na Saturnino de Brito estão sob risco de desabamento e precisam ser removidas. Na comunidade renascer são 90 casas. “A estimativa da Compdec é que em toda capital tenha 53 mil pessoas que vivem em áreas de risco”, afirmou.

No plano de contingenciamento, os abrigos para as pessoas que precisarem sair de suas casas serão as escolas localizadas próximas às comunidades.

A aposentada Francisca Ribeiro mora na Saturnino de Brito há 30 anos e já passou por diversos transtornos no período. “Sempre que começa o período de chuva a gente fica com medo. É muito ruim quando há desmoronamento, já que moro próximo a uma barreira. Mas não podemos deixar de reconhecer o trabalho que vem sendo feito pela Defesa Civil, que tanto nos ajuda e nos previne de estragos maiores”.

Saúde – Também será feito um trabalho de conscientização ambiental sobre o destino dos resíduos sólidos, e assistência em saúde.

Um dos problemas reclamados pelos moradores é a grande quantidade de ratos e cobras. Para minimizar os riscos, o Centro de Zoonoses vai realizar uma desratização na área. Também será feito um trabalho de prevenção à dengue, com orientação sobre não acumular objetos que possam servir de criadouro para o Aedes Aegypti.

Menos riscos – No ano passado, a cidade possuía 35 áreas de risco. Porém, quatro foram retiradas da relação da Compdec. São elas: Jardim Mangueira, Asa Branca, Paulo Afonso e Riachinho.

“Conseguimos minimizar os riscos naquelas localidades. Além disso, a política habitacional, com a criação de novos loteamentos, proporcionou a saída das famílias das comunidades”, explicou Noé Estrela.