Descentralização de testes rápidos aumenta chance de diagnóstico precoce

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O Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), em Jaguaribe, realizou, nesta terça-feira (22), um café da manhã com palestras e testagens rápidas para diagnóstico da sífilis. O evento lembrou o Dia Nacional da Sífilis (19) e marca, em João Pessoa, a campanha nacional do Ministério da Saúde para incentivar o teste rápido de triagem de sífilis em gestantes. A campanha acontece até o dia 31 deste mês.

Para Clarice Pires, coordenadora da Seção DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a procura pelo teste rápido de sífilis tem aumentado. “A descentralização foi uma estratégia que deu certo”, argumenta, referindo-se às capacitações para a realização de testes rápidos nas Unidades de Saúde da Família (USFs) da Capital.  “Ainda encontramos certa resistência por parte dos homens, mas, com as palestras e os encontros, tanto no CTA e quanto nas Unidades de Saúde, estamos mudando esse quadro”, diz.

O funcionário público José Medeiros participou de palestras de conscientização e fez o teste rápido. “Os homens têm medo de fazer exames, mas eu compreendo que a prevenção é mais eficaz que o tratamento. Saber antes antecipa o processo de cura”, acredita.

Índice – Segundo Clarice, o temor diante do teste de sífilis é comum, mas o diagnóstico precoce é muito importante. “Quanto antes fizermos o diagnóstico, melhor. Principalmente no caso de grávidas que não apresentam sintoma da doença e que, sem o tratamento adequado, podem transmiti-la ao filho”, destaca ela.

O objetivo do Ministério da Saúde é aumentar o índice de diagnóstico da sífilis em gestantes, pois essa cobertura está baixa no Brasil, variando de 51% a 81%. Com essa intenção, pretende-se colocar em pauta nacional a sífilis congênita e o direito do bebê de nascer saudável.

O que é – A sífilis é uma doença infecciosa causada por bactéria, que se manifesta em três estágios: primária, secundária e terciária. Pode ser passada de uma pessoa para outra por meio de relação sexual sem preservativos, por transfusão de sangue contaminado (que hoje em dia é muito raro, em razão do controle do sangue doado) e durante a gestação e o parto (de mãe infectada para o bebê).

A cura se dá por meio de tratamento com antibióticos, geralmente a penicilina. No entanto, se não for tratada, a sífilis progride, torna-se crônica e pode comprometer várias partes do corpo ou levar à morte. No caso da sífilis congênita, a infecção do feto se dá pela placenta e pode causar má formação do feto e sérias consequências para a saúde da criança (ou até a morte).