Encontro Científico discute teleconferência em saúde e classificação de risco

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Thadeu Rodrigues

 

Nesta sexta-feira (11), segundo dia do I Encontro Científico do Complexo Hospitalar de Mangabeira Governador Tarcísio de Miranda Burity (Ortotrauma), foram apresentados trabalhos sobre o telemedicina – projeto pioneiro de teleconferência com o Hospital Israelita Albert Einstein -, classificação de risco no acolhimento do paciente e saúde do idoso.2016-11-11-11-47-16

Para a diretora-geral do Complexo Hospitalar de Mangabeira, Fabiana Araújo, o evento foi muito proveitoso para ampliar o conhecimento dos profissionais e dos estudantes que fazem estágio. “Nossa expectativa é que na próxima edição tenhamos mais participantes e mais pesquisas que possam contribuir com a melhora da qualidade de nosso serviço à população”.

O telemedicina é uma parceria do Albert Einstein com o Ortotrauma, que viabiliza a consulta com especialista de diversas áreas – intensivistas, cardiologistas, neurologistas e clínicos gerais -, por meio de teleconferência. No Complexo Hospitalar de Mangabeira, os aparelhos estão instalados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e na sala vermelha, onde estão os leitos de pacientes em estado grave.

De acordo com a enfermeira-chefe diarista da UTI, Heloíse França, este acesso remoto a especialistas do outro hospital é muito importante para se chegar a um acordo sobre o diagnóstico de pacientes em estado crítico. “Não só o paciente, mas nós, como profissionais, ganhamos muito com esta possibilidade de ter uma segunda opinião sobre o paciente”, afirmou. Por meio da câmera em alta resolução do equipamento, a equipe de plantão do Albert Einstein tem acesso à UTI e ao prontuário dos pacientes.

2016-11-11-11-44-25Pesquisa – As estudantes de medicina Iane Alves e Jaciara Miranda desenvolveram uma pesquisa sobre o telemedicina e contaram que aprenderam muito fazendo estágio na UTI. Elas afirmaram que o uso do equipamento ainda está mais restrito aos profissionais que trabalham na UTI e na sala vermelha, mas a expectativa da coordenação do serviço é que haja a adesão dos demais profissionais da unidade hospitalar.

Classificação de risco – O médico intensivista Madson Mariz apresentou palestra sobre a Escala Manchester, método de classificação de risco de pacientes utilizado na Inglaterra, e que vem, desde os anos 1990, sendo implantado no Brasil. O método identifica o paciente conforme seu potencial de risco e agravo à saúde, classificando-o em cinco níveis identificados por cores: azul (sem urgência), verde (pouco urgente), amarelo (urgente), laranja (muito urgente) e vermelho (emergente).

“Esta classificação é essencial para organizar os fluxos de atendimento numa unidade hospitalar, em que os casos mais graves devem ser atendidos primeiro”, disse o médico. Ele afirmou que no Complexo Hospitalar de Mangabeira a classificação é dividida em quatro níveis, seguindo todas as regulamentações do Ministério da Saúde.

Na programação desta sexta-feira (11), ainda houve a palestra “Dor crônica e capacidade funcional da pessoa idosa com artrite reumatóide”, de Jorgilmira Macedo, e uma demonstração prática sobre o processo de conservação através da glicerinação, de Rodrigo Zumba.