Exposição para adoção de animais chama a atenção no bairro do Bessa
Durante este sábado (13), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizou, na Praça do Caju, no Bessa, uma exposição para adoção de cães e gatos, que atraiu e chamou a atenção de várias pessoas que passaram pelo bairro. As ações de imunização, orientação e exposição para adoção aconteceram até as 16h.
Para quem já tinha vontade de dar amor e carinho aos bichinhos, a exposição foi à oportunidade perfeita, como é o caso de Estelina Santos, que aos 77 anos não pensou duas vezes e levou um gatinho para casa. As crianças estavam entre as mais envolvidas com o evento e ficavam sempre por perto fazendo um carinho, brincando e até conversando com os animais. “Eles são muito bonitinhos”, comentou a pequena Júlia, de 7 anos.
O evento foi uma iniciativa da Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses (GVAZ), em parceria com a Associação de Proteção ao Animal Amigo Bicho (APAAB), e contou com a participação de protetores independentes.
“Quando se adota um bichinho, evita-se que ele esteja correndo perigo nas ruas e se reproduzindo descontroladamente. Esse é um dos objetivos da ação”, explicou a protetora independente e integrante da APAAB, Teresa Cristina.
O gerente da GVAZ, Nilton Guedes, comemorou com o grande número de participantes nas tendas em que os animais estavam sendo expostos. “As ações têm sido um sucesso e sempre estamos percebendo uma grande participação popular. As pessoas não só adotam, mas mostram uma preocupação com os animais, o que é muito importante”, destacou.
Durante a ação alguns animais também receberam a vacinação antirrábica, coletaram sangue para o exame de Leishmaniose e os responsáveis pelos bichos já realizaram cadastro para a castração.
Moradores da região aproveitaram para doar rações e remédios e muitos se cadastraram para serem cuidadores voluntários, como fez Fabíola Paredes, que já era voluntária no Rio Grande do Sul, onde morava. “Esses bichinhos precisam de alguém que dê mais atenção para eles, e estou aqui para ajudar até que encontrem um lar”, comentou.
Adoção – Para adotar um animal, o interessado deve ter 18 anos, apresentar um documento de identidade com foto, comprovante de residência e participar de uma orientação sobre o bem e posse responsável do animal com a equipe da Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses.
Leishmaniose canina– É uma doença mortal e de fácil diagnóstico, pois um cão pode estar infectado e não mostrar nenhuns sintomas exteriores. Mesmo sendo considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma das seis maiores epidemias de origem parasitária do mundo, focos de leishmaniose visceral canina continuam a se expandir pelo mundo.
No homem, a doença tem sua evolução longa, que pode durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano. Provoca febre irregular e prolongada, anemia, indisposição, palidez da pele e ou das mucosas, falta de apetite, perda de peso, e inchaço do abdômen, devido ao aumento do fígado e do baço.
Transmissão – A transmissão da leishmaniose visceral acontece quando fêmeas de insetos flebotomíneos infectados (conhecidos como mosquito palha ou asa-dura) picam cães ou outros animais contaminados e depois picam o homem, levando o protozoário para a corrente sanguínea humana. No homem, a doença ataca vários órgãos internos, principalmente o fígado e o baço.
A rede municipal fornece exame gratuito à população através da GVAZ. Como se trata de uma doença de risco à saúde pública, além da demanda passiva (o usuário leva o animal na unidade para fazer o exame), é feito o controle por meio de demanda ativa nas áreas que tenham a presença flebótomo, inseto transmissor da doença. O cão é considerado o principal reservatório doméstico.
Vacinação antirrábica – A vacinação é a única forma de prevenir que o animal venha desenvolver a raiva e transmiti-la ao homem. A raiva animal é causada por um vírus que ataca diversos animais, inclusive o homem. Quase 100% das pessoas que adquirem a doença chegam a óbito. O cão, o gato e o morcego são os principais transmissores da raiva em áreas urbanas.
Quando uma pessoa é agredida por um animal, é importante lavar bem a ferida com bastante água e sabão (amarelo) e procurar imediatamente uma Unidade de Saúde. A recomendação é não matar o animal e pedir orientação à Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses de João Pessoa, através dos telefones 3218-9357 ou 3214-3459.