I Fórum de Psicologia do Ortotrauma aborda humanização no cuidado ao paciente

Por Thadeu Rodrigues - em 1670

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O I Fórum de Psicologia do Complexo Hospitalar de Mangabeira Governador Tarcísio de Miranda Burity (Ortotrauma) abordou questões como a humanização no cuidado ao paciente, ética, amor e espiritualidade para minimizar dores e proporcionar uma melhor recuperação. O evento ocorreu nesta quarta-feira (30), no auditório da unidade hospitalar, com a participação de profissionais da casa e de mestres e especialistas de outras instituições.

O fórum foi realizado em alusão ao Dia do Psicólogo (27 de agosto) e, conforme a diretora-geral do Complexo Hospitalar de Mangabeira, Fabiana Araújo, é este profissional que permite a realização de novas estratégias que proporcionam maior qualidade no acolhimento do paciente a partir de construções de ações interativas, realizadas a partir do diálogo.

“A saúde vai além do contraponto à doença e, no contexto hospitalar, temos de oferecer o bem-estar psíquico. A compreensão da assistência infere diálogo claro e transparente, propondo um novo paradigma de atendimento”, explica a gestora.

A coordenadora de Psicologia, Ana Nery de Medeiros, falou que três segmentos precisam ser contemplados pela humanização: o paciente, seus familiares e o profissional da saúde. “O psicólogo hospitalar trata o paciente em suas dores emocionais, angústias e medos, trata a família com suas apreensões diante do estado de seu ente querido e trata a equipe de saúde para minimizar seu estresse e realizar um atendimento que cuide do usuário”.

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Cuidados paliativos – Este foi o tema da psicóloga e professora da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Sarah Xavier. Ela palestrou sobre cuidados paliativos, que correspondem ao alívio do sofrimento do paciente e de sua família, quando já não há mais cura da doença. Inclusive, os cuidados permanecem mesmo após a morte do paciente, com o apoio à família.

“Inicialmente, o cuidado paliativo é aplicado junto ao tratamento da doença. Mas quando fica claro que ela não tem mais cura, permanece apenas o paliativo para que o paciente morra de uma maneira natural e digna, porque nem sempre a morte significa o fracasso da equipe de saúde. A morte é algo que vai acontecer com todos”, explica a psicóloga.

A estudante de Psicologia, Ana Holmes, quer seguir a profissão no contexto hospitalar e viu no evento a oportunidade de conhecer esta rotina. “Eu gostei muito do fórum, os palestrantes apresentaram temas muito relevantes e úteis para quem é da área. Espero que haja outros eventos como este. A equipe do Ortotrauma está de parabéns”, conta ela.

Programação – A primeira palestra teve como tema humanização e a ética no contexto hospitalar, ministrada pelo psicólogo e professor mestre do Unipê, Aluísio Lopes. Já o psicólogo e professor mestre da Faculdade Maurício de Nassau, Ramon Fonseca, falou sobre espiritualidade diante do adoecimento. Houve um momento de cantoterapia com o psicólogo e músico William S. Moreno. A psicóloga especialista Renata Kayse falou sobre o amor incondicional ao paciente hospitalizado.

Também houve uma mesa redonda sobre atendimento humanizado ao dependente químico nas urgências hospitalares. O tema foi debatido pela médica clínica Maria Edilma, médico psiquiatra Nivaldo Cariry Filho, psicólogo Marcos Luis Deparis e assistente social especialista, Tatiany Fernandes, sob mediação da psicóloga especialista Illova Anaya. O evento foi encerrado com o lançamento do livro O Sentido da Vida em 3D, de Ana Nery de Medeiros.

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