Mães recebem acompanhamento continuo no Instituto Cândida Vargas
Alguns presentes chegam de forma inesperada. Para Raiama a dádiva de mãe chegou cedo. Com 16 anos, Raiama Andreza dos Santos é a orgulhosa mãe de Abmael. Rejane, mãe de Raiama, sabe muito bem como a filha deve estar se sentindo, Rejane também foi mãe aos 16 anos. Nayane é mais uma das mães que teve seu filho no Instituto Cândida Vargas (ICV), que não apenas serve de local para dar a luz, mas também de acompanhar a saúde das mães e das crianças no processo de gravidez e primeiros meses de vida.
Cerca de 700 partos são realizados mensalmente no ICV, filhos de usuárias de todas as partes do Estado. O instituto, referência em maternidade na Paraíba e considerado como um dos melhores hospitais na área no Nordeste, oferece desde acompanhamento pré-natal até um banco de leite, para os casos da mãe não conseguir amamentar.
O bebê de Raiama nasceu prematuro e atualmente mãe e filho estão na Ala Mãe Canguru do ICV. “Eu estou aqui para apoiar minha filha no que for preciso”, com essa fala Rejane responde a pergunta sobre o que espera para o futuro da filha. Descobriram a gravidez no quarto mês e algumas complicações de saúde e a idade da mãe fizeram da gestação de Raiama uma gravidez de risco. “Eu vomitava muito, mas achei que estava com um problema no estômago, nunca pensei que podia estar grávida”, diz Raiama. Num exame de sangue descobriram que não era gastrite, era Abmael. “Fiquei muito surpresa, claro, mas aí comecei a me apegar a ideia de ser avó”, relata Rejane, que agora acumula o posto de mãe coruja e avó coruja.
Nos três meses seguintes o pré-natal de Raiama, feito no ICV, teve de contornar infecções e problemas de pressão alta. Quando estava com sete meses e meio, Raiama sentiu as contrações. Ao ser atendida na maternidade Cândida Vargas, descobriu que estava com perda de líquido e foi feito o parto. Abmael veio ao mundo com baixo peso e foi encaminhado para o Método Canguru.
Mãe Canguru – No ‘Método Mãe Canguru’ o bebê fica agarradinho com a sua mãe, pele a pele, durante a maior parte do tempo. O método foi criado na Colômbia, em 1979, e já é usado no ICV há mais de uma década. Entre os benefícios, o método estimula o aleitamento materno, a diminuição da infecção hospitalar, ajuda aos pais a aprenderem os cuidados com o seu bebê de baixo peso e, com isso, terem maior autoconfiança após a alta hospitalar.
“Eu tive filho cedo, Raiama também, Abmael herdou a pressa e quis nascer antes do tempo. Agora vamos cuidar para que ele fique mais forte e possa voltar para casa logo”, termina Rejane.
Serviço – Além de ajudar a trazer novos pessoenses à vida, o ICV integra uma série de cuidados com a mãe e o recém-nascido. No complexo, o Banco de Leite Humano Zilda Arns ajuda crianças que necessitam de suplemento de leite materno. Para as mamães que desejem ter seu filho de forma natural, há um programa de acompanhamento e preparação para o parto normal. Uma equipe com fisioterapeutas e psicólogos informa a mãe sobre pré e pós- parto e oferece um curso de primeiros cuidados com o bebê.