No Dia Nacional de Combate à Cefaleia, Prefeitura orienta usuários sobre atendimento

Por Hellen Nascimento - em 895

Cefaleia, quem nunca teve uma? Mais conhecida como a velha e chata dor de cabeça, é uma das ocorrências mais comuns nos consultórios médicos e pode acontecer em qualquer faixa etária. E nesta sexta-feira, 02 de junho, Dia Nacional de Combate à Cefaleia, a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) explica o quais os tipos, as causas e aonde o cidadão pode encontrar atendimento na Rede Municipal de Saúde.

De acordo médico neurologista, Saulo de Serrano e Pires, que atua no Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais) de Jaguaribe e Mangabeira, a dor de cabeça pode ter vários motivos de origem. “Das primárias, ou seja, aquelas que não têm uma doença neurológica de base, destacam-se enxaqueca e a tensional. Na enxaqueca há fatores genéticos e ambientais envolvidos, como, por exemplo, esforço físico demasiado, sono de má qualidade, estresse, alimentos, jejum, dentre outros, sendo estes identificados na história clínica de cada paciente, a fim de serem evitados”, explica.

O especialista afirma, ainda, que a enxaqueca é caracterizada por dor de forte intensidade e pulsátil, muitas vezes incapacitante, acompanhada de náuseas e/ou vômitos, fotofobia (desconforto com a luz) e fonofobia (desconforto a sons). Já dor de cabeça tensional não é uma característica hereditária que ocorre em famílias e geralmente são desencadeadas por algum tipo de estresse de origem externa ou interna. Elas podem ser causadas por repouso insuficiente, má postura, estresse emocional ou mental, incluindo depressão, ansiedade, cansaço, fome, excesso de exercícios.

A cefaleia secundária é quando há uma causa a ser descoberta e tratada especificamente. Neste caso, a dor está relacionada a outras causas, como sinusite, tumores, aneurismas, meningite, entre outras.

A dor de cabeça pode ser sintoma de algo mais grave. Os casos mais comuns são início súbito da dor, forte intensidade, uma dor progressiva ou que não melhora, alteração no padrão da dor, dor associada à febre e rigidez da nuca ou fraqueza de alguma parte, dor após traumatismo craniano ou após esforço físico e início da dor após os 50 anos. Na presença de qualquer um destes sintomas é importante procurar um médico.

Prevenção – O tratamento preventivo pode durar de seis meses a dois anos, mas quando bem indicado melhora sobremaneira a qualidade de vida, por isso a importância do diagnóstico correto para melhoria da qualidade de vida dos portadores.

O risco da automedicação – É uma prática muito comum, porém é importante evitar o uso da automedicação, uma vez que o uso indiscriminado de analgésicos comuns pode piorar as crises e tornar a dor crônica. Sempre que sentir qualquer sintoma, procurar o médico na USF para que o profissional possa fazer o diagnóstico correto ou encaminhamento para atendimento na Rede Municipal de Saúde para que seja aplicado o tratamento adequado.

Atendimento- A gerente de Atenção Especializada da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Andressa Cavalcante de Araújo, explicou o fluxo de atendimento. “Tudo começa pela Unidade de Saúde da Família (USF). Lá o paciente será avaliado pelo médico de plantão, que irá identificar o tipo e as causas da cefaleia. Dependendo do diagnóstico o usuário pode ser medicado no próprio local. Se a dor for reincidente, poderá ser encaminhado para um especialista que atua nos Cais de Mangabeira e Jaguaribe, onde o médico solicitará exames mais detalhados ou se a dor for aguda, poderá ser encaminhado diretamente para uma das 3 Unidades de Pronto Atendimento (UPA) mantidas pela prefeitura”, completou.