Núcleo de Segurança do Paciente promove melhoria em todas as etapas do atendimento
Para promover a segurança do paciente e a melhoria da qualidade nos serviços de saúde, o Hospital Municipal Santa Isabel (HMSI) conta com o Núcleo de Segurança do Paciente (NSP). O serviço visa uma sistematização dos processos realizados na unidade, com o objetivo de diminuir a chance de erro durante a assistência ao usuário.
Em funcionamento desde janeiro deste ano, o Núcleo foi criado de acordo com as orientações da resolução RDC nº36, de 25 de julho de 2013, do Ministério da Saúde (MS). O serviço é composto por uma equipe multiprofissional e avalia os procedimentos adotados por todos os envolvidos no processo de atendimento ao usuário.
“Temos médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, representantes da administração, manutenção, entre outros. Todos agindo em prol da melhoria da segurança em todas as etapas do atendimento. Todos os elementos do hospital estão representados no núcleo”, explica a Alenita Oliveira, coordenadora do NSP.
A coordenadora do serviço explica que, em 1998, um estudo americano mostrou que os erros advindos de atendimento eram a oitava causa de morte em hospitais. “Isso também acontece aqui no Brasil, e acontece muito erro que pode até matar. Mas é possível evitar, como por exemplo, o uso de medicamento em paciente alérgico. Uma simples pergunta se ele é alérgico ou não a determinado medicamento já pode salvar uma vida”, esclarece.
Semanalmente são realizadas ações e reuniões do NSP. Durante a reunião são analisadas as medidas a serem propostas ou retificadas no dia a dia. O trabalho do Núcleo é realizado de acordo com as metas segurança do Ministério da Saúde, que são seis: identificação do paciente, (trabalhar para não haver erro de identificação); comunicação efetiva; higiene das mãos; segurança no uso de medicamentos; cirurgia segura e evitar queda do paciente ou úlcera de pressão, que é uma lesão na pele ou tecido, causada geralmente pela longa permanência em superfície dura.
“Esse ano já fizemos campanha de higiene das mãos, que é a principal medida contra infecção hospitalar. Também implantamos a cirurgia segura, através da adoção de ‘check-list’ respondido pelo paciente no centro cirúrgico. Também estamos trabalhando um protocolo contra a úlcera de pressão. É a sistematização de processos para impedir o erro”, ressalta a coordenadora.
Ainda de acordo com ela, o Núcleo possui uma equipe de gerenciamento de risco, que notifica todos os erros ou quase erros. Estas notificações também são repassadas para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“A maior diferença é o cuidado dos funcionários no erro, a preocupação de não errar, em reconfirmar as informações, tentando fazer a melhor prática em relação a todos os cuidados. O cuidar fica muito mais eficiente. É um trabalho contínuo de educação. É pouco investimento para muito ganho”, enfatiza Alenita Oliveira.