Ortotrauma registra atendimentos a 1.379 vítimas de acidentes em oito meses

Por Thadeu Rodrigues - em 845

O Complexo Hospitalar de Mangabeira Governador Tarcísio de Miranda Burity (Ortotrauma) realizou 1.379 atendimentos a vítimas de acidentes de trânsito, no período de janeiro a agosto deste ano. Com relação ao mesmo período de 2016, houve um aumento de 5,67% no número de atendimentos. Os números servem de alerta nesta Semana Nacional do Trânsito, que tem como tema “Minha escolha faz a diferença no trânsito”.

Do total de atendimentos, 1.137 correspondem a vítimas de acidentes com motocicletas, que representam 82,45% do total. Sobre o mesmo período de 2016, houve um crescimento de 29,20%. De janeiro a agosto de 2016, a representatividade deste tipo de atendimento foi de 67,43%.

No período de janeiro a agosto deste ano, foram atendidas 199 vítimas de acidentes envolvendo veículos (excluindo motocicletas) e 43 vítimas de atropelamento.

Para a diretora-geral do Complexo Hospitalar de Mangabeira, Fabiana Araújo, os números são alarmantes, mas possíveis de serem reduzidos, havendo prudência e educação no trânsito por parte dos condutores. Ela explica que os casos envolvendo motocicletas são altos no Ortotrauma porque neste tipo de acidente, a vítima tenta se apoiar com a mão, causando traumas na mão, punho e antebraço.

O Complexo Hospitalar de Mangabeira é referência no atendimento de cirurgias de urgência e emergência das áreas abaixo do cotovelo e abaixo do joelho, conforme pactuação com o Ministério da Saúde.

“O aumento do número de acidentes implica no aumento do número de cirurgias. Mas isto não é a solução, considerando que há um índice alto de reincidência no envolvimento em acidentes de trânsito. Em torno de 80% dos acidentes ocorrem por causa de falhas do ser humano, por imprudência do condutor. Mas podemos reverter este quadro com um processo de diálogo, solidariedade e respeito”, afirma Fabiana Araújo.

O Complexo Hospitalar de Mangabeira também realiza pequenas cirurgias sem internamento, consultas, exames laboratoriais e por imagem, tratamentos de recuperação motora por meio do Centro de Reabilitação e Tratamento da Dor (Cendor) e urgência psiquiátrica por meio do Pronto Atendimento em Saúde Mental (Pasm).