Ortotrauma vai implantar sistema eletrônico de gerenciamento do paciente

Por Thadeu Rodrigues - em 849

Um novo sistema de gerenciamento do paciente será implantado no Complexo Hospitalar de Mangabeira Governador Tarcísio de Miranda Burity (Ortotrauma). O sistema Gehos vai cadastrar eletronicamente todos os dados do paciente, da sua entrada até a saída, contendo as atualizações de todos os procedimentos realizados e sua recuperação, devendo começar a funcionar ainda no primeiro semestre deste ano.

De acordo com o gerente de Informática do Complexo Hospitalar de Mangabeira, Marcello Moura, ao ingressar na unidade hospitalar, o usuário vai acionar uma máquina para pegar uma ficha e será notificado numa tela eletrônica sobre seu atendimento, que será feito conforme o grau de classificação de risco do paciente.

Os equipamentos serão instalados na recepção da urgência, no ambulatório, nos consultórios de ortopedia e no Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI) da unidade hospitalar.

A diretora-geral do Complexo Hospitalar de Mangabeira, Fabiana Araújo, explica que o prontuário do paciente será preenchido em tempo real, agilizando o atendimento. “Quando o paciente que precisar ser internado for atendido, já será colocado no sistema Gehos o leito e a enfermaria. Assim, o profissional que irá recebê-lo já poderá ter acesso ao seu prontuário antes mesmo de o paciente chegar à enfermaria”, explicou.

Além disso, se o paciente sofrer um acidente posteriormente e precisar retornar à unidade, seu histórico estará disponível aos profissionais que o atenderão, segundo a gestora. Ela destaca ainda que o sistema de monitoramento vai facilitar o trabalho da equipe do Núcleo Interno de Regulação (NIR), que verifica o estado clínico dos pacientes e o tempo de permanência na unidade hospitalar.

Monitoramento – Conforme a médica do NIR, Ivana Cruz, o monitoramento se baseia no método Kanban, desenvolvido pelo sistema Toyota de produção e que, no contexto hospitalar, indica o tempo de permanência dos pacientes pelo uso das cores verde, amarelo e vermelho, considerando a classificação de gravidade de cada caso.

São feitas visitas diárias às enfermarias para monitorar o fluxo de pacientes e evitar que haja longa permanência. A equipe do NIR sugere mudanças de procedimentos à equipe médica nos casos em que a resposta do paciente ao tratamento é lenta e sua permanência na unidade aumenta. A média de permanência em 2016 foi de 7,26 dias. Em 2011, por exemplo, a média era de 14,94 dias.

Dados – O sistema Gehos garante a preservação de todos os dados do paciente. “Serão feitos automaticamente dois backups de todas as informações dos pacientes, e haverá um terceiro backup que será feito na ‘nuvem’, conferindo ainda mais segurança”, explica o gerente de Informática, Marcello Moura.

O Complexo Hospitalar de Mangabeira é referência em cirurgias de urgência e emergência nas regiões abaixo do cotovelo e abaixo do joelho, além de realizar pequenas cirurgias sem internação, consultas médicas ambulatoriais, exames laboratoriais e por imagem (radiografia, ultrassonografia, tomografia e endoscopia), tratamentos de recuperação motora por meio do Centro de Reabilitação e Tratamento da Dor (Cendor) e atende urgência psiquiátrica por meio do Pronto Atendimento em Saúde Mental (PASM).