Período de férias escolares aumenta número de acidentes com crianças e Samu alerta sobre cuidados

Por Luiz Carlos Lima - em 803

Com a chegada das férias, é comum o aumento dos casos de crianças envolvidas em acidentes domésticos, por isso os pais precisam redobrar os cuidados. Segundo dados do Ministério da Saúde, ao ano, 110 mil crianças são hospitalizadas em razão de acidente doméstico. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), muitas vezes responsável pelo atendimento desses casos, faz uma série de alertas que podem prevenir a maioria desses acidentes.

Nos primeiros dois anos de vida as quedas são comuns e fazem parte do desenvolvimento, pois é o período em que a criança começa a andar. As quedas da própria altura, nesta fase, em sua grande maioria, não implicam em lesões neurológicas. Os riscos maiores estão nas quedas de trocadores, camas, beliches, escadas, colo ou brincadeiras de adultos como jogar a criança para cima e pegá-la de volta.

A coordenadora do Samu, a médica Érica Rivenna, afirma que, tradicionalmente, há um aumento de chamados em decorrência de pequenos acidentes domésticos. “Caso haja alguma queda é necessário examinar com cuidado para saber se houve ou não alguma fratura. O ideal é não mexer muito na criança até que um profissional especializado possa examiná-la. Para isto, o Samu está à disposição e conta com profissionais capacitados para o atendimento”, disse.

Cuidados – Os incidentes podem ser evitados e há maneiras e atitudes que ajudam na prevenção dessas eventualidades, como adotar protetores de tomadas para evitar choques elétricos – assim como manter ocultos os fios dos aparelhos eletrodomésticos.

Janelas devem sempre estar protegidas por grades ou telas, para evitar as quedas. Não deixe móveis próximos das janelas, para que não sejam utilizados pelos pequenos como escada – vale lembrar que tudo é novo para eles e uma janela significa uma nova experiência.

Os especialistas recomendam ter especial cuidado com os utensílios de cozinha perigosos, por exemplo, facas, isqueiros, fogões ou tesouras. Essas ferramentas devem ser mantidas fora do alcance das crianças, da mesma forma que os medicamentos e os produtos de limpeza.

Central de Regulação – Quando uma pessoa liga para o 192, quem atende a ligação é o telefonista auxiliar de Regulação Médica (TARM). A ligação é registrada e o profissional preenche o prontuário eletrônico com algumas informações, transferindo, em seguida, juntamente com o prontuário, para o médico regulador. Este faz perguntas ao solicitante complementando as informações referentes ao paciente/vítima. Com base na gravidade do caso, o médico autoriza ao Rádio Operador o envio da equipe ou orienta ao solicitante como proceder.

Equipe – Atualmente, o município de João Pessoa conta com quatro Unidades de Suporte Avançado (USA), sendo três para a Capital e uma para a Região Metropolitana, além de sete Unidades de Suporte Básico (USB) e sete motolâncias. Cada USA funciona com a equipe composta por médico, enfermeiro e condutor socorrista. Já na USB atuam o enfermeiro e o condutor socorrista. Na motolância trabalham um enfermeiro ou técnico em enfermagem.