Prefeitura cadastra fontes e inicia exames de água para consumo humano

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A Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses (Gvaz) da Secretaria de Saúde de João Pessoa iniciou esta semana um cadastramento das fontes de água para consumo humano na Comunidade Engenho Velho. Até a próxima sexta-feira, agentes de saúde ambiental farão coleta de água para exames e distribuirão hipoclorito de sódio para desinfecção do líquido.

Segundo Nilton Guedes, gerente da Gvaz, a ação busca cumprir o que prevê a portaria 2.914, do Ministério da Saúde, que dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano. “A água infectada pode causar doenças como a diarreia, que, se agravada, pode levar à desidratação”, diz.

Na quinta passada, a Gvaz realizou uma ação contra a leptospirose na comunidade. Na mesma ocasião, os agentes de Vigilância Ambiental deram orientações em relação ao caramujo africano e fizeram pesquisas de focos do Aedes aegypti. O mesmo local passa por uma investigação de casos de esquistossomose, com a distribuição de coletores para a realização de exames parasitológicos na população local.

José Gilliard, diretor técnico do Distrito Sanitário II, que abarca o bairro Colinas do Sul, onde está situada a Comunidade Engenho Velho, destacou que a recepção da população está sendo muito boa. “As atividades que a Vigilância está realizando abrem espaço para outras, também em saúde”, ressalta.

Monitoramento – A ação desta semana segue o padrão adotado pela Vigilância Ambiental em casos de monitoramento da água, de coletar, prioritariamente, amostras em bairros com falta constante de água, bem como em comunidades abastecidas por soluções alternativas, como poços e cisternas.

Com o resultado das coletas sem mãos, os agentes tomam as medidas necessárias. “Verificamos desde a primeira torneira em que chega água na residência até reservatórios onde não se faz a limpeza adequada”, explica Nilton. Segundo ele, a água que a população consome deve atender aos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e radioativos previstos pelo Ministério da Saúde, de maneira que não ofereça riscos à saúde.

A coleta é feita com uso de luvas e máscara. Antes, o agente limpa a torneira com álcool a 70% e deixa a água escorrer por alguns segundos, até recolhê-la em uma bolsa de plástico aberta somente na hora da coleta. Depois, a amostra é acondicionada em caixa isotérmica, com gelo reciclável e de forma adequada, para que não ocorram perdas durante o transporte.

Hipoclorito – Uma das medidas de controle da água adotadas pela SMS é a aplicação de hipoclorito em águas sem tratamento. “Nos locais em que ainda não há uma distribuição constante de água potável, as pessoas são obrigadas a armazená-la. Adicionamos hipoclorito à água obtida dos poços e cacimbas para torná-la potável”, diz Nilton.