Prefeitura da Capital inaugura a primeira Residência Inclusiva do Brasil

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A Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), através da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), inaugura a primeira Residência Inclusiva do Brasil, nesta quinta-feira (20), às 15h, na Rua Praia de Manaíra, número 80, Cuiá, no bairro do Valentina de Figueiredo.

A unidade vai oferecer um serviço de acolhimento institucional, no âmbito da Proteção Social Especial de Alta Complexidade do Sistema Único de Assistência Social (Suas), a jovens e adultos com idade de 18 a 59 anos, usuários do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

A diretora da Assistência Social, Aparecida Rodrigues, informou que o novo serviço municipal vai funcionar 24 horas por dia, ininterruptamente. “O serviço é exclusivo para pessoas em situação de dependência, que não disponham de condições de autocuidado ou de retaguarda familiar e/ou que estejam em processo de desinstitucionalização de instituições de longa permanência”, destacou

O serviço da Residência Inclusiva se destina prioritariamente, àqueles que recebem o BPC, vivem em situação de pobreza, são incluídos no Cadastro Único para programas sociais do Governo Federal ou em risco social. A Residência é adaptada com estrutura física adequada, disponibilizando de uma infra-estrutura que garante espaço, rotas acessíveis, ventilação e iluminação.

Acolhimento – Inicialmente estão sendo oferecidas 10 vagas por unidade. Cinco delas já foram preenchidas por jovens que serão recrutados do Lar da Criança Jesus de Nazaré, portadores de necessidades especiais. As outras cinco vagas serão preenchidas por jovens e adultos que se ajustem ao perfil da unidade para acolhimento.

O recrutamento dos jovens do Lar da Criança Jesus de Nazaré, foi acordado no Termo de Compromisso e de Ajuste de Conduta (TAC) assinado no dia 28 de agosto passado pela Sedes e a Fundação de Desenvolvimento da Criança e do Adolescente (Fundac), transferindo para o Município a competência administrativa, jurídica e financeira do Lar, a partir do dia 21 deste mês.

Conforme explicações de Aparecida Rodrigues, a proposta da Residência Inclusiva representa uma política de desinstitucionalização e reordenamento dos serviços de acolhimento de jovens e adultos com deficiência no país.

“Vale ressaltar que o reordenamento implicará diretamente na realidade dos serviços de acolhimento já existentes, o que exigirá mudanças em práticas de funcionamento viventes, transformação de crenças e cultura presentes no atendimento, adaptação a novos parâmetros de qualificação dos serviços”, informou.

Proposta do MDS – A proposta do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS) é quer até março de 2013 seja pactuada a implantação, no âmbito nacional, de Residências Inclusivas a crianças e adolescentes. Segundo a coordenadora e psicóloga da Divisão de Política Pública para Pessoas com Deficiência (Dipaped), Zuleide Pereira, a proposta de inserir crianças, adolescentes, jovens e adultos com deficiência nessas unidades não está apenas ligada à reestruturação de espaços físicos dos serviços. “Mas também estimular a capacidade de cada indivíduo/ família de adquirir maior nível de autonomia, dignidade e sentimento de pertencimento”, explicou.

A equipe da unidade é composta por um coordenador, um psicólogo, dois assistentes sociais, um terapeuta ocupacional, oito cuidadores, dois cozinheiros, ambos em regime de plantão e dois serviços gerais, para prestar atendimento personalizado e qualificado, proporcionando cuidado e atenção às necessidades individuais e coletivas.