Prefeitura de João Pessoa já atendeu mais de 15 mil pessoas na Central de Orientação telefônica para Covid-19 em dois meses e solucionou 96 % dos casos

Por Flávio Asevêdo - em 1043

A Central de Orientação sobre o novo Coronavírus da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) já atendeu mais de 15 mil pessoas desde sua criação, há dois meses. O serviço, oferecido pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realiza um atendimento telefônico pré-clínico 24 horas por dia e tira dúvidas da população através do número 3218-9214. São realizados, em média, 245 atendimentos diariamente e, para 96% das pessoas, o serviço foi essencial para solucionar as dúvidas. Além disso, 93% das pessoas atendidas atribuíram nota 10, demonstrando satisfação com o atendimento.

O serviço de telemedicina foi criado pelo prefeito Luciano Cartaxo no dia 17 de março, incluído nas primeiras medidas adotadas pela Prefeitura de João Pessoa através do Núcleo Intersetorial de Prevenção e Cuidados em relação ao novo Coronavírus antes do primeiro caso da doença ser registrado no Estado. A iniciativa de oferecer atendimento telefônico com preceptores, médicos-residentes e médicos da família e comunidade teve o objetivo de solucionar dúvidas e realizar um atendimento pré-clínico sem a necessidade de comparecimento às Unidades de Saúde da Família (USF) ou Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e evitar aglomerações e risco de contágio do novo Coronavírus.

De acordo com levantamento da SMS, nestes dois meses de atendimentos, 54% das ligações foram feitas por pessoas que queriam tirar dúvidas sobre a doença e serviços da Prefeitura neste período de pandemia. Os outros 46% ocorreram de pessoas que necessitavam avaliar sintomas da doença. No caso das pessoas com dúvidas, foi perguntado ao final da ligação se a dúvida foi resolvida e, para a grande maioria, representada por 96%, houve uma resolução da dúvida.

No caso de usuários que apresentam algum sintoma da Covid-19, os profissionais avaliam três cenários: as pessoas que foram orientadas a permanecer em casa; aquelas com sinais de gravidade sem suspeita do novo Coronavírus e que foram orientadas a procurar as UPAs; e as que tinham sinais de gravidade e suspeita de Covid-19 que foram orientadas a procurar os serviços de referência para Covid-19. Destes atendimentos, 3.415 pessoas tinham sintomas compatíveis com síndrome gripal. O serviço é pactuado com a Coordenação de Vigilância Epidemiológica e os dados estão sendo notificados no site do Ministério da Saúde.

A Central de Orientação segue os dados de resolutividade preconizados no National Health System, o sistema de saúde do Reino Unido, onde espera-se que 80% das pessoas sejam orientadas a ficar em casa, 15% tenham sintomas de gravidade e são orientadas a procurar o serviço hospitalar e 5% das pessoas tenham sintomas de gravidade e necessitem de deslocamento por ambulância para o hospital. Desde a primeira quinzena de abril houve um aumento dos casos suspeitos considerados graves de 2% para 4%. Assim, os casos moderados são direcionados para as UPAs e os casos graves para o Samu, conforme escore de risco.

Satisfação – Já neste mês de maio, a Central passou a verificar também o grau de satisfação dos usuários, pedindo que eles atribuíssem uma nota de 0 a 10 para o serviço e a forma como foram atendidas pelos médicos, obtendo a nota 10 por 93% dos usuários, nota 9 por 4% das pessoas e nota 8 ou inferior pelos outros 3% dos atendidos.