Prefeitura de João Pessoa oferece rede de atendimento e cuidados para pessoas com deficiência

Por Eloísa França - em 867

As políticas públicas para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida têm sido uma prioridade da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), através da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), com programas, equipamentos e ações que apoiam e reforçam o protagonismo desta população. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem 14.475 pessoas com alguma deficiência, seja visual, auditiva ou motora, representando 26% da população do município.

Um dos locais onde esta população é atendida é o Centro de Referência Municipal para Inclusão da Pessoa com Deficiência (CRMIPD), o primeiro no Brasil a ser de responsabilidade de uma Prefeitura, oferecendo atendimento especializado e multidisciplinar em fonoaudiologia, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, arte terapeuta e psicólogo a pessoas com deficiência onde o trabalho é realizado de forma integrada entre as secretarias de saúde, desenvolvimento social e educação.

Fundado em 2005, o CRMIPD teve sua capacidade de atendimento ampliada em 20% no primeiro semestre deste ano, passando de 500 para 600 pessoas entre crianças, adolescentes, jovens e adultos com deficiência, distúrbio de comportamento e/ou aprendizagem. Outras ações desenvolvidas dentro do Centro são de valorização, fortalecimento de vínculo familiar e com a comunidade, além de rodas de diálogo, atividades de lazer e acompanhamento de equipes multidisciplinares compostas por que têm à disposição recursos como sala multifuncional, brinquedoteca, teatro e musicoterapia.

“A gestão colocou como uma de suas prioridades as pessoas com deficiência e a Secretaria vem trabalhando para que estas pessoas possam ter atividades e apoio necessário. Nossa preocupação também é estar perto das famílias e prestar o suporte para que elas possam ter as condições de poderem desempenhar suas atividades e saberem que os seus estão bem atendidos pelos equipamentos da Prefeitura”, completou Diego Tavares, secretário de Desenvolvimento Social.

A PMJP também conta com unidades de serviço mais amplos como o Centro-Dia da Pessoa com Deficiência. A unidade oferta serviço às pessoas com deficiência entre 18 e 59 anos, que devido à situação de dependência de terceiros, necessitam de apoio para a realização de cuidados básicos da vida diária, como os autocuidados, arrumar-se, vestir-se, comer, fazer higiene pessoal, locomover-se e outras.

O neto de Neide Diniz está no serviço há apenas dois meses, mas ela já nota evoluções. “Percebi que ele ficou mais calmo, melhorou muito a coordenação motora dele, conseguindo pintar e desenhar, até mesmo a hora do banho ele melhorou, fica menos agitado. Aqui ele tem amigos e as cuidadoras são muito eficientes, cuidam muito bem dele” comemora.

Os profissionais da unidade também realizam atividades de apoio para o desenvolvimento pessoal e social, como levar a vida da forma mais independente possível, favorecendo a integração e a participação do indivíduo na família, no seu entorno, em grupos sociais, incentivo ao associativismo, dentre outros.

O serviço também presta orientação em domicílio, aos cuidadores familiares, incentivando a autonomia da pessoa com deficiência e de seu cuidador familiar e também a inclusão social dos mesmos. Atualmente o Centro Dia atende diariamente cerca de 80 beneficiados que podem fazer uso do serviço em meio período ou período integral.

Em junho a PMJP inaugurou o Centro-Dia de Microcefalia, serviço especializado no atendimento de crianças afetadas pela condição neurológica. Com capacidade de atendimento para até 40 famílias, o Centro atende crianças de 0 a 6 anos em duas modalidades de horário, meio período ou integral.

As práticas realizadas no Centro visam fortalecer vínculos e ampliar a função protetiva das famílias, com promoção de sua inclusão, respeito pelo desenvolvimento das capacidades das crianças, preservando suas identidades e de participação na perspectiva da visão coletiva do enfrentamento de barreiras que impedem a igualdade de oportunidade.

As famílias são acompanhadas por assistente social, psicólogo, terapeuta ocupacional, cuidador social e nutricionista, que vão ajudar e apoiar as famílias no estímulo da ingestão assistida de alimentos, higiene e cuidados pessoais com as crianças, fortalecimento de vínculos e atividades de convivência como oficinas de massagem shantala, curso de primeiros socorros e aulas voltadas para que as famílias possam ter uma renda ou complemento dela.