Prefeitura incentiva inclusão social de pessoas com Síndrome de Down
Luiz Carlos Lima
Dificuldades de falar e aprender e um rosto típico são traços marcantes de pessoas com Síndrome de Down, que se caracteriza por uma alteração genética produzida pela presença de um cromossomo a mais, o par 21. Nesta segunda-feira (21) é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down. Ao longo dos anos, a Medicina avançou e trouxe diversas melhorias, mas a boas notícias na área médica convivem com uma preocupação: a dificuldade de promover a inclusão social de quem tem a Síndrome.
Com base em um trabalho educativo, o Centro de Referência da Pessoa com Deficiência – sob responsabilidade da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) – aposta na inclusão social. Um trabalho paralelo às orientações que envolvem uma equipe multidisciplinar composta de fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.
O Centro recebe pacientes de 0 a 18 anos. Após passarem por uma triagem, eles estão aptos a receber todos os serviços promovidos pelo Centro. A coordenadora de Saúde do Centro, Nadja Marques, explica que o maior desafio é desenvolver as habilidades sociais dos usuários. “A arte terapia e a musicoterapia são dois instrumentos importantes para estimular a inserção deles dentro do grupo. Há certa dificuldade de interação dessas pessoas, mas trabalhamos isso para que possa resultar numa melhor inclusão social”, destacou.
A coordenadora também ressalta que o preconceito contra as pessoas com a Síndrome é uma das dificuldades enfrentadas. “Além dos pacientes, também damos orientações aos familiares para que estimulem, com naturalidade, a inserção desses jovens nas escolas e no meio social. É muito importante o papel dos familiares nesse processo de estímulo no convívio com outras crianças e jovens”, disse.
Desenvolvimento – As crianças com Síndrome de Down devem ser submetidas a uma terapia que envolve profissionais de diversas disciplinas – fisioterapia, fonoaudiologia e psicologia – para superar as dificuldades impostas pela alteração genética. Quanto à educação, até a fase de alfabetização, deve ser como a de qualquer outra pessoa.
Embora não tenha cura, o avanço na Medicina permitiu um grande aumento na expectativa de vida. De 15 anos, em 1947, subiu para 50, em 1989. Hoje, há pessoas que viveram até os 70 anos com a Síndrome.
Serviço – O Centro de Referência da Pessoa com Deficiência é gerido pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social (Sedes), mas trabalha de forma intersetorial em parceria com as Secretarias de Saúde (SMS) e Educação (Sedec). Atualmente, a unidade atende 255 pessoas com alguma deficiência física e mental, que são beneficiadas com serviços de educação, saúde e assistência social.
Localizado na Rua Coronel Otto Feio da Silveira, 161, no Conjunto Pedro Gondim, o espaço oferece serviços de fonoaudiologia, psicologia, psicopedagogia, enfermagem, arte terapia, música e aulas de libras. O local conta com refeitório, biblioteca, brinquedoteca, cineminha, setor médico, sala de recursos, jardim com playground, recepção e coordenação, além de uma piscina onde os usuários fazem fisioterapia e educação física adaptada.
O atendimento acontece de segunda a quinta-feira, das 8h às 11h30 e das 13h às 17h. O serviço pode ser procurado pela população diretamente no local, sendo necessário apresentar um laudo médico. O usuário ainda passa pelo setor de triagem para saber quais serviços ele irá ser acompanhado.
Para mais informações sobre o Centro, a população pode entrar em contato pelo número 3218-9807.