Prefeitura orienta pais sobre a Dor do Crescimento em crianças e adolescentes

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Hellen Nascimento

A Dor do Crescimento, também chamada de Síndrome de Peter Pan, é uma doença muito comum, mas pouco conhecida, que costuma preocupar os pais. Ela frequentemente acomete mais crianças de vida sedentária, tendo prevalência na faixa etária de 3 e 13 anos de idade, e menores do sexo feminino. Para orientar os pais quanto aos sintomas, diagnóstico e tratamento a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) dá orientações.

A diretora geral do Hospital do Valentina, Carmen Gadelha, que é destinado exclusivamente ao atendimento de crianças e adolescentes, acalma os pais afirmando que não há necessidade para maiores preocupações já que, na maioria na maioria dos casos, a dor tem caráter benigno, ou seja, não representa algo sério.

“O pediatra deve realizar um bom exame clínico, para que se afastem patologias traumáticas e reumáticas e para que se possa também avaliar as compensações anatômicas e ortopédicas que o corpo da criança passa. É importante entender que a infância e adolescência é um período em que se tem grande atividade metabólica, objetivando um bom crescimento físico e bom desenvolvimento dos sistemas orgânicos preparando um corpo forte e capaz para iniciar a idade adulta”, ressaltou.

Onde encontrar tratamento – As Unidades de Saúde da Família (USF) e outras unidades públicas de atenção à saúde, são as portas naturais do Sistema Único de Saúde (SUS). As Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) também possuem pediatras ou os hospitais da Rede Municipal de Saúde, onde os casos suspeitos serão encaminhados para um ortopedista pediátrico da Prefeitura.

Causas – As causas da Dor do Crescimento não são totalmente conhecidas já que não se pode afirmar com certeza que o desenvolvimento de ossos e músculos seja dolorido. Cientificamente não há comprovação de suas causas, mas se admite algumas hipóteses para explicá-las:

  • Fadiga muscular, ou seja, uso excessivo da musculatura das pernas;
  • Deficiência de vitamina D;
  • Adaptações anatômicas para compensar o desequilíbrio entre o desenvolvimento dos ossos, tendões e músculos.

Sintomas – São bilaterais, ou seja, acomete os dois membros. É comum surgirem à noite ou durante a madrugada e se apresentarem nas pernas: face anterior das coxas, face anterior das tíbias e nas panturrilhas. Não são acompanhadas de reação inflamatória: vermelhidão, inchaço ou calor local.

Cuidados – As dores tendem a ceder com as simples massagens no local. Também é indicada a prática de atividades físicas, desde que bem orientadas e na medida certa.

Carmen Gadelha, que também é membro efetivo da Sociedade Paraibana de Pediatria, ainda alertar que outras situações que podem causar dores nos membros. “É preciso enfatizar que as adaptações dos quadris e coluna que são decorrentes de acomodação fetal, e se apresentam como escolioses; esses casos o pediatra consegue identificar com facilidade e encaminhar ao ortopedista para que se tomem os devidos cuidados”, lembrou.