Prefeitura valoriza os docentes e investe no ensino de qualidade
Nesta terça-feira (15), comemora-se o ‘Dia do Professor’, profissional que tem a missão de educar e formar cidadãos. Na Prefeitura de João Pessoa (PMJP), são cerca de 3.200 educadores, que se dividem entre as 95 escolas e os 52 Centros de Referência em Educação Infantil (Creis). Docentes que são remunerados com um dos maiores salários do país, qualificados com cursos de pós-graduação e recepcionados com instituições de ensino, que ofertam segurança e conforto.
O professor da Rede Municipal de Ensino tem hoje o quarto maior salário das capitais do Brasil e o primeiro da região Norte/Nordeste, atendendo plenamente o Piso Salarial Nacional Profissional (PSPN). Ainda este ano, o governo municipal vai lançar o Edital de concurso público da Educação, contemplando 1.000 vagas para professores e 300 para demais profissionais, ampliando, dessa forma, oportunidade de emprego e bem-estar social.
Para proporcionar condições adequadas para o exercício da profissão, a Secretaria de Educação e Cultura (Sedec) já reformou cerca de 70% das unidades escolares e até o final de 2014, a rede municipal vai ganhar 11 novos Creis e a estimativa, ao longo da gestão, é construir mais 33, totalizando 44 Centros. Também está em negociação com o Ministério da Educação e Cultura (MEC) a construção de mais nove escolas para o próximo ano.
Em um ano, foram investidos cerca de R$ 1,5 milhão em cursos, que já são refletidos na rede com melhora expressiva da qualidade do ensino. “Queremos realmente que nossos professores tenham a melhor qualificação possível, com um salário justo para que trabalhem com estímulo. A função do docente é de socializar criança, de trabalhar a cidadania, os valores éticos e morais, de tentar construir uma sociedade mais solidária, menos desigual e injusta. Sem a categoria docente as outras profissões evidentemente não teriam a formação e nem o desempenho adequado”, relata o secretário de Educação de João Pessoa, o professor Luís Souza Júnior, que parabeniza toda a classe.
Valorização – O Plano de Cargo, Carreira e Remuneração (PCCR) do magistério da rede municipal permite que os professores possam fazer cursos de pós-graduação lato sensu ou stricto sensu de forma a ter uma qualificação adequada para o desempenho de sua função. No caso de formação de nível de mestrado e doutorado é permitido que o professor se ausente da sala de aula sem perda de vencimentos.
Também são ofertados os diálogos educacionais, a formação do Brasil Alfabetizado e dos professores da Educação de Jovens e Adultos (EJA), além de diversas atividades mais especificas como Educação Especial Inclusiva. E, os convênios com instituições federais de ensino superior e mestrado profissionalizante.
Profissionais – Com quase 17 anos de carreira, o professor de Português Peterson Martins, da Escola Municipal Nazinha Barbosa, em Manaíra, relata motivação e inspiração na profissão que escolheu. Na unidade escolar onde ensina, o doutor em Literatura e criador do ‘Projeto HQ Educa’ é referencia entre o alunado.
Os colegas Victor Silva Rodrigues e Felipe Silva, alunos do 4º e 9º ano, dividem algo em comum: a admiração pelo docente. “Peterson nos estimula. Ele consegue prender nossa atenção e é do tipo que ensina com gosto. Tem talento de sobra. As aulas são dinâmicas e produtivas. Foi através dele que conhecemos a nossa paixão atual, as histórias em quadrinhos. Pretendemos seguir carreira. E com certeza ele será nosso padrinho”, disse Victor Silva.
Para Peterson, o primeiro passo na transformação da Educação está na mudança da forma como o professor se vê. “Temos que deixar de nos olhar como vítimas do sistema e aprender a dimensão das palavras: competência, audácia e solidariedade”, esclareceu o educador.
Em outro ponto da cidade, no bairro de Mangabeira, na Escola Municipal Virgínio da Gama e Melo trabalha o educador Carlos Moraes, que há quatro anos se mantém no ranking dos melhores professores de Matemática do país. O método que Moraes utiliza para ensinar deixa seus alunos bem posicionados em exames nacionais.
O estudante do 9º ano, Arthur de Arantes, pelo segundo ano consecutivo, é medalha de bronze na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM). O garoto de 15 anos, que se espelha no mestre, está se dedicando à prova da Marinha, que fará no próximo dia 19.
“O professor tem o papel muito importante em nossa vida. E fui premiado por ter o acompanhamento de Carlos. Todas as aulas dele são preparadas de acordo com os exames que vão acontecer ao longo do ano, inclusive baseadas no Enem. Quando estou cansado ou sem muita força de estudar, chega ele com gás e me enche de esperança”, afirmou Arthur de Arantes.
Mylena da Costa, de 14 anos, aprendeu a gostar de Matemática depois que começou a estudar com Moraes. O gosto foi tanto que ano passado ela ganhou menção honrosa na OBM. “Temos ótimos professores, mas Moraes ensina de um jeito que as contas e fórmulas entram na nossa cabeça sem muito esforço. É um professor maravilhoso. Toda a sala tem respeito e carinho pelo educador, que trata todos com muito zelo”, conta a aluna do 9º ano.
Reconhecimentos dos pais – A mãe da garota, a dona de casa Eliane Costa relata que nunca teve problemas com nenhum professor desde que a filha começou a estudar em escola pública. “Sou do tipo de mãe que acompanha. Vou nas reuniões e converso com os docentes. Mylena não reclama de nada. Só temos que agradecer pelo tratamento que minha filha e os coleguinhas dela têm na instituição”, concluiu a mãe.
Para o professor Moraes é necessário, antes de qualquer coisa, gostar do que faz e a cada dia se especializar. “Não podemos parar no tempo e só reclamar. Temos que nos manter informados e caminhar de mãos dadas com a tecnologia. Eu uso as redes sociais e o alunado adora. É preciso estimular a turma e nada melhor do que produzir aulas com exemplos que caíram em concursos de âmbito nacional”, frisou o professor que tem mais de 30 anos de sala de aula.