Professores e especialistas em educação concluem curso de Justiça Restaurativa

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Alexandre Quintansjustiçarestaurativa_foto_alexandrequintans (19)

Cerca de 90 gestores, especialistas e professores das 95 escolas e dos 77 Centros de Referência de Educação Infantil (Crei) da Rede Municipal de Ensino da Capital concluíram na manhã desta sexta-feira (19) o curso ‘Justiça Restaurativa’ a partir do projeto ‘Na Escola com Respeito’, uma parceria da Secretaria de Educação e Cultura (Sedec) de João Pessoa com o Ministério Público da Paraíba (MPPB) e o Núcleo de Direitos Humanos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

“A proposta do curso está no sentido de fazer pesquisas, análises, estudos, voltada para a mediação do conflito nas unidades de ensino entendendo que não é um trabalho que venha solucionar questões de violência na escola, mas sim a mediação dos conflitos dos mais simples ao de maiores proporções no sentido de relação interpessoal”, explicou a diretora geral do Centro de Capacitação de Professores (Cecapro), Rose Mary Beserra Pinto Bandeira.

Foram 60 horas de aula, todas as sextas-feiras, no Cecapro, na Avenida Beira Rio. Todos os participantes que atingiram 75% da frequência receberam o certificado de conclusão que conta como pontuação para o prêmio Escola Nota 10.

A programação do curso trouxe temas como: fundamentos da violência, escuta ativa, responsabilidade civil e criminal, Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), resolução de conflitos, Educação Inclusiva, entre outros.

A palestra de encerramento foi ministrada pela professora doutora em Educação e coordenadora adjunta do Núcleo de Direitos Humanos da UFPB, Maria de Nazaré Tavares Zenaide. “O conflito não significa violência. Ele faz parte da sociedade. Mas ele pode, se não bem administrado, se transformar em violência. A Justiça Restaurativa vem com o sentido de discutir direitos e deveres na e da escola”, disse Maria de Nazaré.

A secretária de Sedec, Edilma Ferreira da Costa, também esteve presente no evento e falou que está sendo uma formação diferenciada para os profissionais em educação. “Nada mais recomendado do que o professor preparado para estar mediando esses conflitos na escola. Com certeza teremos resultados maravilhosos porque estamos cultivando a cultura de paz dando a oportunidade de ouvirmos os dois lados e buscar uma solução sábia entre as partes”, disse Edilma Ferreira.

A professora de educação básica e psicóloga da rede municipal de ensino, Anunciata Clara Lira e Lima, falou que é sempre bem vindo mais instrumentos, mais possibilidades de mediação. “O curso além de apontar para a teia da rede de proteção, que sozinha não se faz educação, traz subsídio de termos para outras técnicas de mediação, como circulo de diálogos”.