Profissionais da SMS alertam para os cuidados preventivos com a varicela

Por Rebeka Paiva - em 1330

Febre, surgimento de bolhas avermelhadas na pele espalhadas por todo o corpo, coceira, mal-estar, perda de apetite, dor de cabeça e dor de barriga podem ser sintomas da Varicela, ou Catapora, como é mais conhecida. Uma doença causada pelo vírus herpes zoster, que acomete principalmente crianças e tem um maior número de casos entre os meses de setembro e dezembro.

Buscando sempre orientar sobre os importantes cuidados a serem tomados com a saúde, os profissionais da Vigilância Epidemiológica (VIEP) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alertam a população para os cuidados preventivos com a varicela. Este ano já foram registrados 108 casos da doença, segundo dados da VIEP.

A responsável técnica pelas doenças transmissíveis da Vigilância Epidemiológica, Danielle Lucena, explica que a forma mais comum de contágio é através da saliva, espirro, tosse ou mesmo na fala. “A transmissão também pode acontecer por meio de contato da pele com vesículas contaminadas de alguma pessoa doente, ou indireta, pelo contato com roupas ou superfícies que foram utilizadas pela pessoa doente”, explica.

Quando alguém é infectado, a catapora leva de 10 a 21 dias para se manifestar. As pessoas podem transmitir o vírus a partir de um ou dois dias antes da doença irromper no corpo. Elas permanecem contagiosas enquanto as bolhas estão presentes. Caso haja suspeita de catapora é necessário procurar um médico para o diagnóstico, uma vez que somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para cada caso, bem como o tratamento e medicação mais adequada.

Danielle explica ainda que em crianças, não é indicado qualquer tratamento. “Recomenda-se realizar a higiene habitual adequada da pele, com água e sabão, durante o banho. Cortar as unhas é importante para evitar lesão das bolhas/vesículas quando as crianças coçarem, evitando o risco de novas infecções. Os banhos já utilizados com permanganato devem ser evitados, porque quando não diluídos de forma correta, pode causar queimaduras na pele”, conclui a Técnica da Vigilância Epidemiológica.

Os casos suspeitos devem ser tratados em casa. Apenas os casos considerados graves devem ser encaminhados para hospitais. Os casos graves em adultos ou crianças, os casos identificados em ambiente hospitalar, bem como maternidades, devem ser comunicados o mais rápido possível à Vigilância Epidemiológica de João Pessoa. Situações identificadas em creches ou escolas, também devem ser comunicados, para que a Vigilância Epidemiológica oriente da melhor forma, pais/responsáveis e direção de escolas/creches, quanto à melhor conduta.

Uma das formas de evitar a doença é através da vacina tetra viral, que também protege contra o sarampo, caxumba e rubéola e que está disponível da rede pública de saúde para crianças de 15 meses de idade que já tenham recebido a primeira dose da tríplice viral. A vacina também pode ser encontrada na rede privada. Quem já teve contato com o vírus e a doença, não precisa ser vacinado, uma vez que não há risco de ter a doença mais de uma vez na vida.

A técnica da Vigilância Epidemiológica, Danielle Lucena, explica ainda que não há surto da doença, uma vez que o surto só é considerado quando se tem mais de dois casos identificados com fonte comum (mesma sala de aula, mesma residência) e que casos isolados são comuns e não caracteriza-se como surto.

“A catapora é uma doença que circula o ano todo e no segundo semestre aumenta, uma vez que estamos saindo de um período de inverno, quando as crianças estão de férias, mais próximas de adultos que portam o vírus e as pessoas tendem a se aglomerar, logo em seguida temos a voltas às aulas e crianças portadoras do vírus, mas que ainda não desenvolveram sinais ou que os pais/responsáveis não tenham percebido, transmitem a doença para as demais crianças. Este ciclo perdura entre os meses de setembro dezembro quando os casos aparecem”, explica Danielle.

Contato – Para dúvidas e/ou maiores informações a população pode entrar em contato com a Vigilância Epidemiológica de João Pessoa através do telefone: 3214 – 7938, de segunda a sexta feira, das 7h30 às 17h30, sem intervalo para almoço, e sábados, domingos e feriados, pelo número 98762 – 2553 (CIEVS).