Profissionais de saúde explicam sobre a importância das vacinas nos seis primeiros meses de vida
A maternidade chega para alguns pais com muita insegurança e medo. Uma das maiores preocupações é de que o bebê adoeça. A criança nasce com o sistema imunológico ainda imaturo, se desenvolvendo ao longo da vida, fazendo com que fiquem mais predispostas para contrair determinados vírus. Portanto, a vacinação infantil se torna indispensável para que os pequenos fortifiquem esse sistema e evitem possíveis doenças.
O Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde (MS), é uma estratégia pública extremamente eficaz, que juntamente com campanhas realizadas com outras organizações foram capazes de erradicar doenças como a varíola e a poliomielite e, diminuindo de forma significativa a incidência de difteria, tétano, sarampo, caxumba, rubéola e síndrome da rubéola congênita.
“É um avanço significativo as campanhas de imunização no que diz respeito à prevenção de doenças. A partir do estabelecimento do Programa Ampliado de Imunizações pela Organização Mundial de Saúde aumentaram as taxas de imunização no mundo”, informou Chiara Dantas, chefe de imunização da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
No Brasil, o PNI promove proteção contra 12 doenças: tuberculose, hepatite B, difteria, tétano, coqueluche, doença invasiva por hemófilo, poliomielite, diarreia por rotavírus, sarampo, rubéola, caxumba e, em algumas regiões do país, a febre amarela.
“Todas as vacinas do programa podem ser administradas conjuntamente sem perder a eficácia ou segurança. A atualização numa única visita é importante principalmente para as crianças que não estão em dia com o esquema vacinal”, completou Chiara Dantas.
Em João Pessoa – A rede municipal de saúde conta com 102 salas de vacinas, localizadas nas Unidades de Saúde da Família (USFs), nos Centro de Atenção Integral a Saúde (Cais), nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas maternidades públicas (Instituto Cândida Vargas, Frei Damião, Hospital Universitário Lauro Wanderley e Edson Ramalho) e em parceria com as maternidades da rede privada, a Unimed e a Clim.
“Toda criança deve ser imunizada a partir de 12h após o nascimento. É importante que os pais sigam rigorosamente o calendário de imunização, tendo em vista que cada vacina é pensada para uma faixa etária diferente. As vacinas que estão no calendário da criança a protegem durante esta fase na qual a ocorrência de doenças é muito mais comum e mais grave.”, ressaltou a coordenadora de imunização da SMS.
Relação das vacinas que o bebê precisa tomar até os seis meses de idade:
BCG ID – Deverá ser dada ainda na maternidade, em todos os recém-nascidos com peso superior ou igual a 2 quilos.
Hepatite B – Aplicar a primeira dose (dose 0) na maternidade e, posteriormente, as outras duas doses (esquema 0-1-6 meses). Nos bebês com menos de 33 semanas de gestação e/ou com menos de 2 quilos de peso ao nascimento, usar o esquema com quatro doses ( 0-1-2-7 meses).
Pneumocócica conjugada – Iniciar o mais precocemente possível (aos 2 meses). São duas doses: aos 2 e 4 meses, com reforço aos 12 meses após o nascimento.
Meningocócica C conjugada – Aos 3 e 5 meses.
Influenza (gripe) – Duas doses a partir dos 6 meses com intervalo de 30 dias entre elas.
Poliomielite – Utilizar somente vacina inativada (por meio injetável) em recém-nascidos internados na unidade neonatal.
Rotavírus: Duas ou três doses, de acordo com o fabricante, entre os 2 e 6 meses. Nunca utilizar a vacina em ambiente hospitalar.
Tríplice bacteriana – A primeira dose deve ser administrada aos 2 meses, a segunda aos 4 e, por fim, a terceira aos 6 meses de idade. É importante que aconteça o reforço aos 15 meses.
Hemófilos tipo B – Deve ser administrada aos 2, 4 e 6 meses.