Profissionais do CVAZ são capacitados sobre esporotricose, nesta quarta

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Os profissionais médicos veterinários do Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses (CVAZ) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) receberão capacitação sobre esporotricose (doença que acomete felinos) nesta quarta-feira (06), a partir das 8h30. A capacitação será ministrada pelo professor do curso de medicina veterinária da UFPB campus Areia, Dr José Inácio Clementino e acontecerá no Centro de Zoonoses, nos Bancários.

A partir da capacitação, os profissionais estarão aptos para realizar o diagnóstico e controle da esporotricose, além de atuarem como multiplicadores da informação. “Atualmente nossos veterinários fazem apenas o diagnóstico clínico e epidemiológico da doença, mas a partir da capacitação, passarão a fazer o diagnóstico laboratorial do fungo, complementando a assistência prestada”, explica Nilton Guedes, Gerente de Vigilância Ambiental e Zoonoses da SMS.

De acordo com a médica veterinária do Centro, Suely Ruth, a esporotricose é uma doença perigosa que acomete os felinos e é transmitida por contato tanto entre os gatos, quanto do gato para o ser humano. “Essa doença é facilmente transmitida através de mordeduras, arranhaduras ou resultante da manipulação dessas feridas que contenham grande quantidade de fungos”, explica.

Doença – A esporotricose é uma micose subcutânea causada pelo fungo Sporothrix schenckii que pode acometer animais e seres humanos. Geralmente afeta a pele e os vasos linfáticos próximos a ela, mas pode também afetar ossos, pulmão e articulações. Sua disseminação é lenta e os sintomas se caracterizam por nódulos purulentos que aparecem, normalmente, nos membros superiores, como braços e mãos, e também na face.

O período de incubação do fungo no organismo do paciente se dá de 7 a 30 dias, podendo chegar até seis meses após a infecção. Os sintomas da doença variam de acordo com a forma com que se manifesta, podendo ser cutânea ou extracutânea, mas o primeiro a aparecer é um pequeno nódulo doloroso, bem parecido com uma picada de inseto. Esse nódulo pode ter a cor vermelha, rosa ou roxa, ser purulento ou não.

A qualquer suspeita de esporotricose, o animal deve ser levado ao médico veterinário ou, em casos de seres humanos, o paciente deverá se consultar com um dermatologista para que seja diagnosticado corretamente. O diagnóstico é feito, primeiramente, a partir da análise dos sintomas que a doença apresenta e, após isso, materiais biológicos que a ferida produz. A doença tem cura e, em 10% dos casos, ela acontece de forma natural. Porém, para casos mais graves, o tratamento é longo e leva em torno de três a seis meses, podendo chegar a um ano.