Risco de infestação em João Pessoa é baixo; SMS traça ações para bairros mais vulneráveis

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O município de João Pessoa tem baixo risco de infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. A afirmação foi feita pelo gerente de Vigilância Ambiental e Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Nilton Guedes, com base no Levantamento Rápido dos Índices de Infestação por Aedes Aegypti (LIRAa), realizado na semana passada. O baixo índice, no entanto, não diminuirá o ritmo de trabalho da gerência para debelar o mosquito.

Para fazer o levantamento, o município foi dividido em grupos de oito a 11 mil imóveis com características semelhantes – o que deu um número total de 27 áreas. Dessas, 16 apresentaram baixo Índice de Infestação Predial (IIP), entre 0% e 0,9%, enquanto 11 ficaram dentro do estrato de médio risco, com IIP de 1% a 3,9%. “A cada 100 casas da Capital, uma tem foco de dengue”, disse Nilton.

De acordo com ele, nas 11 áreas com médio risco de infestação, a SMS realizará uma série de ações, como visitas casa a casa e verificação de caixas de água e calhas, com a participação de 80 agentes ambientais. “Também solicitamos o fumacê ao Governo do Estado, pois precisamos trabalhar em conjunto para livrar a população desse risco. Qualquer um de nós pode ser infectado”, ressaltou.

Em relação aos criadouros encontrados pelo LIRAa, os mais frequentes são os depósitos no nível do solo (latas, toneis, barris, cisternas, tanques, baldes etc.), com 56,6%. Em segundo lugar, com 15,5% de frequência, vieram os depósitos móveis, como vasos, frascos com plantas e bebedouros de animais.Confira levantamento no link.

Zona Sul – A primeira área a ser alvo das ações da secretaria é a do bairro Valentina Figueiredo e adjacências, que apresentou IIP de 1,6%. A ação acontecerá nesta sexta-feira (19), das 8h às 16h, no Campo da Marquise (entrada do Parque Cowboy).

Na próxima semana, a região que contará com as ações de combate ao Aedes aegypti abrangerão oito bairros: Cruz das Armas, Oitizeiro, Alto do Mateus, Jardim Veneza, Mumbaba, Bairro das Indústrias, Varjão e Cristo Redentor. A média de IIP dessa área foi de 2,16%.

Ciclo de vida – O Aedes aegytpi prefere o ambiente úmido para colocar seus ovos, que podem sobreviver até 450 dias no ambiente. Bastam alguns milímetros de água para eles eclodirem e, em uma semana, transformarem-se em mosquitos adultos. O ciclo de vida do mosquito é de 35 dias; durante esse período, o número de pessoas que ele pode infectar é ilimitado.

Exposição e doação de gatos – Nas tendas que serão armadas no Campo da Marquise, haverá uma mostra sobre os serviços prestados pela Gerência Ambiental no controle de pragas e parasitas, com explicações de técnicos, exposição de animais empalhados e observação de larvas, ovas e insetos em microscópios.

Também haverá um espaço dedicado à doação de cerca de 50 gatos recolhidos pelo Centro de Zoonoses. “Convidamos as ONGs protetoras de animais a participarem dessa ação conosco, inclusive no preparo dos animais que serão doados”, disse Nilton. Conforme explicou, a doação será apenas de gatos porque a região tem registro de casos de leishmaniose, o que torna a doação de cães desaconselhável.