Ruartes realiza atendimentos socioassistenciais com pessoas em situação de Rua

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Fátima Sousa

 No primeiro semestre do exercício 2016, o Serviço Especializado em Abordagem Social – Ruartes, durante plantões diários nas ruas de João Pessoa, identificou 72 crianças e adolescentes em situação de trabalho e treze em situação de total vulnerabilidade. Todas foram encaminhadas para atendimentos específicos no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI, Conselho Tutelar e para as casas de acolhimento e Casas lares de crianças e adolescentes.

O Ruartes é um serviço ligado à Diretoria da Assistência Social, que tem a finalidade de assegurar o atendimento e atividades direcionadas para o desenvolvimento de sociabilidades, na perspectiva de fortalecimento de vínculos interpessoais e familiares, que viabilizem a construção de novos projetos de vida.

Nas abordagens de rua, o serviço encaminhou ainda 25 pessoas para os serviços de saúde, em parceria com o Consultório de Rua (SMS), nove adultos para o Centro POP. Dez adultos foram encaminhados para as Casas de Acolhimento de pessoas adultas e oitenta pessoas para retirada do Cartão SUS; duas pessoas para emissão de documentos e mais cinco solicitadas nos atendimentos socioassistenciais.

A rede de proteção do Ruartes envolve o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua – Centro Pop e Centro de Referência Especializado da Assistência Social – CREAS/PAEFI, que deve prover o acesso a espaços de guarda de pertences, higiene pessoal, alimentação e acesso á documentação Civil.

Cotidiano – O Programa realiza abordagem social nas ruas do município de João Pessoa, através de atividades artístico-culturais e lúdico-pedagógicas, como ferramenta de abordagem e nucleação de pessoas em situação de rua.

A coordenadora do Ruartes, a pedagoga Amparo Santos, avalia o trabalho de abordagem do programa como muito importante por proporcionar atendimento emocional, social, comunitário e educativo.

“É importante como proposta de construir uma forma humana de atendimento que seja capaz de fomentar nas pessoas atendidas, o desejo de construção de um projeto novo em suas vidas, respeitando as suas limitações e sua história de vida”, define.

Durante as abordagens é identificada a demanda como foco na perspectiva de resgatar os vínculos familiares, sua autonomia e a garantia de direitos para que sejam realizados os encaminhamentos necessários para a Rede de Proteção.

A Rede é formada pelo Centro POP, Consultório na Rua (Secretaria de Saúde), Casa de Acolhida Adulta, Conselho Tutelar, Centros de Referências Especializados na Assistência social – CREAS e Centro de Referência da Assistência Social – CRAS e serviços de saúde.

As abordagens são realizadas nos mais variados espaços urbanos, seja na Lagoa do Parque Solon de Lucena; Terminal Rodoviário; Orla Marítima e outros pontos estratégicos.

Amparo admite que a desestruturação familiar, a falta de investimento estatal em políticas sócio-educativas, o abandono, o falecimento dos pais, o abuso e a fome são alguns dos motivos que levam diariamente milhões de crianças e adolescentes a viverem nas ruas, se expondo aos riscos do cotidiano.

 “Garantindo à criança e ao adolescente, vítimas de diversas violências, sobretudo a ausência da vivência familiar, a garantia de sua cidadania, direitos humanos e sua inclusão social”, conclui.