Secretaria de Saúde intensifica ações preventivas contra sífilis em João Pessoa
Thibério Rodrigues
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) está desenvolvendo estratégias para o controle da sífilis em João Pessoa, investigando os casos e intensificando as ações de prevenção nos serviços da rede municipal de saúde. No último mês, o Ministério da Saúde confirmou que o país está enfrentando uma epidemia da doença e recomendou o reforço das ações preventivas nos municípios.
Para seguir as orientações do Ministério, a Seção de DST/Aids da SMS implantou o Grupo de Trabalho de Transmissão Vertical da Sífilis, que vai atuar em conjunto com os profissionais da rede municipal de saúde dentro dos serviços, inclusive nas Unidades de Saúde da Família (USF).
Os profissionais estão incentivando a testagem rápida para o HIV, sífilis e hepatites B e C na Atenção Básica e nos serviços especializados, principalmente na captação precoce de gestantes para tratamento no pré-natal do bebê. Além disso, estão sendo executadas ações de educação permanente para a qualificação de gestores e profissionais de saúde na temática da sífilis.
De acordo com a coordenadora da Seção de DST/Aids da SMS, Clarice Pires, os casos de sífilis vêm crescendo consideravelmente na população em geral e devido à falta de penicilina no país, alguns grupos têm o tratamento priorizado. “A prioridade para a realização do tratamento na rede pública está sendo para as gestantes e seus parceiros sexuais para evitar a transmissão da sífilis congênita para o bebê”, explicou.
Serviço – Em João Pessoa, a testagem rápida para sífilis são realizadas nas Unidades de Saúde da Família (USF) e no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), localizado no Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais) Jaguaribe. Já para o tratamento da doença, as referências são: Instituto Cândida Vargas (ICV), Cais Cristo, UPA Oceania e UPA Célio Pires de Sá, no Valentina Figueiredo.
Sífilis – É uma infecção sexualmente transmissível, podendo apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). No primeiro e segundo estágio da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. A doença pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou da mãe infectada para a criança durante a gestação ou o parto. Neste caso, chama-se sífilis congênita.
O uso correto e regular da camisinha masculina ou feminina é uma medida importante de prevenção da sífilis. Já o acompanhamento da gestante durante o pré-natal contribui para o controle da sífilis congênita.
O tratamento para a sífilis é a penicilina benzatina, mas recomenda-se procurar um profissional de saúde para diagnóstico correto e tratamento adequado, dependendo de cada estágio. Se a criança nascer com sífilis congênita, ela deve ficar internada para tratamento por 10 dias, necessitando realizar uma série de exames antes de receber alta.