Secretaria de Saúde realiza primeira contagem de ovas do Aedes aegypti no Bessa

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Diversas ações estão sendo planejadas no bairro do Bessa para combater o mosquito da dengue. As atividades serão desenvolvidas pela Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) no bairro do Bessa, após os resultados da coleta de 30 ovitrampas instaladas na semana passada.

As armadilhas foram recolhidas para verificação e recolocadas nos mesmos pontos para nova aferição na semana seguinte – procedimento que se estenderá até o dia 23 deste mês, quando haverá o recolhimento definitivo das ovitrampas. Segundo Nilton Guedes, essa mesma ação irá para outros bairros da Capital.

De acordo com a contagem de ovas do mosquito Aedes aegypti, 23 das 30 armadilhas continham ovos do mosquito. “São muitos focos e é necessário a ajuda da população para combater os locais com maior incidência. Duas das armadilhas instaladas continham mais de 200 ovos”, explica Nilton

O gerente ressaltou que, como medidas de combate, irá levantar as áreas para colocar o fumacê, estabelecer a visita dos agentes nas casas, bem como promover batidas de foco para descobrir os grandes criadouros e destruí-los. “Eu já entrei em contato com os responsáveis na Secretaria Estadual de Saúde para aplicar o carro fumacê nas áreas com maior concentração”, disse.

Segundo ele, as armadilhas serão recolhidas a cada sete dias, antes que haja a eclosão das larvas e se complete o ciclo do mosquito (período que dura cerca de 10 dias). “Cada uma das 30 ovitrampas terá duas palhetas de coleta. Se houver ovos em alguma delas, é sinal de que há regiões com foco do mosquito no bairro”, ressaltou.

Participação popular – Nilton ressaltou que o bairro do Bessa foi escolhido como primeiro local para a instalação das armadilhas por ter muitas construções, estar na divisa entre João Pessoa e Cabedelo e ser uma área de grande rotatividade, devido ao perfil turístico. “Mas não será o único bairro onde faremos esse acompanhamento. Iremos a outras regiões da cidade”, disse.

Ovitrampa – A ovitrampa é constituída de um pote preto fosco, com capacidade para um litro de água, sem tampa e com uma palheta de madeira compensada, presa verticalmente por um clipe no interior da armadilha. Nesse pote, é colocada água de torneira com larvicida.

As fêmeas do mosquito são atraídas pela cor preta do balde e fazem a oviposição na palheta. Depois da retirada dessas palhetas, os agentes fazem uma contagem do número de ovos. “Esses números ajudam os agentes de saúde a identificar a presença e o nível de infestação do mosquito numa determinada área”, explicou Nilton.

Para ele, a ovitrampa é uma armadilha eficiente e barata, pois mapeia a oviposição e a distribuição espacial de ovos em períodos sazonais. “A instalação dessas armadilhas também possibilita o contato dos técnicos da Vigilância com os moradores e amplia os conhecimentos sobre o mosquito em locais onde a população está sensibilizada para o problema”, disse.

Ciclo – O Aedes aegypti passa por quatro estágios de crescimento: ovo, larva, pupa e mosquito adulto (o período total dura cerca de 10 dias). Os ovos dos mosquitos são depositados normalmente em áreas urbanas, em locais com pequenas quantidades de água limpa, sem a presença de matéria orgânica em decomposição e sais. Em função disso, a água é ácida. Normalmente, as fêmeas do Aedes escolhem locais que estejam sombreados e em zonas residenciais. Por isso, é importante não deixar objetos com água parada dentro de casa ou no quintal. Sem este ambiente favorável, o mosquito não consegue se reproduzir.