Secretaria Municipal de Saúde alerta para cuidados com o mosquito Aedes aegypti

Por Rebeka Paiva - em 1744

D R T . R J .15855 Ivomar Gomes Pereira.

O Aedes aegypti é um mosquito que tem em média 0,5 cm de comprimento, mas que ao picar o ser humano gera grandes problemas à saúde transmitindo doenças como a dengue, a zika, a chikungunya e até a febre amarela. Por isso, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses (GVAZ), alerta a população para os cuidados com o vetor.

“A melhor forma de se evitar a dengue e demais doenças transmitidas pelo mosquito é combater os focos, eliminando o acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, garrafas, caixas d’água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras”, alerta o Gerente de Vigilância Ambiental e Zoonoses da SMS, Nilton Guedes.

O Aedes aegypti prefere o ambiente úmido para colocar seus ovos, que podem sobreviver até 450 dias nesse local. Bastam alguns milímetros de água para eles eclodirem e, em uma semana, transformarem-se em mosquitos adultos. O ciclo de vida do mosquito é de 35 dias, mas o número de pessoas que ele pode infectar é ilimitado.

“Nossa cidade tem recebido grande quantidade de chuvas seguidas por altas temperaturas nos últimos dias, o que favorece a reprodução do mosquito e exige de toda a população cuidados redobrados”, destaca o Gerente de Vigilância Ambiental e Zoonoses da SMS.

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Orientações – O Gerente da GVAZ da SMS dá dicas de como a população pode contribuir no combate contínuo ao mosquito. “É importante que as pessoas procurem averiguar seus quintais e verificar tudo o que, por ventura, possa acumular água, seja um saco plástico, um descartável e tantos outros pontos que podem juntar água e virar foco do mosquito. Também é importantíssimo verificar as calhas ou qualquer depósito em cima das casas que possa acumular água”, orienta o gerente da Vigilância Ambiental e Zoonoses.

Nilton orienta ainda que os ralos que estejam fora de uso devem ser inutilizados. “O ideal é revestir o ralo com um plástico, fechando-o completamente, pois mesmo que exista larva lá, ela pode até emergir, mas não consegue sair, extinguindo assim o foco. Além disso, orientamos que as caixas d’água sejam cobertas com aquelas telas protetoras, que costumamos colocar nas janelas, protegendo inclusive, aquele cano de escape, conhecido também como cano ladrão, que existe para que a água não transborde”, complementou o gerente.

Embora algumas pessoas acreditem que apenas em casas com jardim e quintal podem ter focos do Aedes aegypti, dentro dos apartamentos também existem lugares que podem acumular água e se tornar criadouros, como potes de água para animais, floreiras em varandas, reservatório de água para pássaros, dependência de empregada pouco utilizada (pia e vasos sanitários), área de serviço (atrás da máquina de lavar roupa), aparador de água de filtros de parede, hortas e vasos nas janelas e sacadas.

Nas áreas comuns dos condomínios residenciais podem ser focos: piscinas e hidromassagem sem cobertura, churrasqueiras, play, floreiras, lava pés de piscinas, bromélias em jardins, instalações de salão de festas, banheiros e copa.

Dados – De acordo com o Ministério da Saúde, este ano enquanto os casos de dengue no país cresceram 264%, na Paraíba os números diminuíram 6,9% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Em João Pessoa, no ano de 2018 foram registrados 3014 casos de dengue. Já este ano de 2019, até a última semana de março, foram notificados 292 casos, sendo 121 confirmados.

Sintomas – Os sintomas do zika vírus são de febre baixa ou ausência de febre, manchas pelo corpo, dores nas articulações, edemas (inchaço) nas articulações, principalmente mãos, e coceira um ou dois dias após início dos primeiros sintomas. Ainda pode aparecer vermelhidão nos olhos, sem coceira ou ardor.

Com relação à dengue, os sintomas são de febre, dores musculares por todo o corpo e sensação de prostração. Na chikungunya, há febre alta (geralmente maior que 38ºC), dores e edemas nas articulações.

Atendimento – Quem apresentar os sintomas de uma das doenças deve procurar sua Unidade de Saúde da Família. Em casos mais graves de dengue, em que há dor abdominal intensa e contínua, é preciso ir a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Participação Popular – Quem souber de localidades com possíveis focos do Aedes aegypti, pode denunciar por meio dos telefones 0800-282-7959 ou 3214-5718. Os usuários também podem fazer a denúncia através do email coessmsjp@gmail.com.