Secretaria Municipal de Saúde alerta população para cuidados com Aedes aegypti durante o verão

Por Thadeu Rodrigues - em 1171

As altas temperaturas do verão e a incidência de chuvas propiciam um ambiente para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das arboviroses – zika vírus, dengue e febre chikungunya. João Pessoa tem um índice de infestação predial muito baixo, de 0,5%, mas é preciso evitar a epidemia das doenças com ações de prevenção. Quem for acometido, deve procurar uma Unidade de Saúde da Família (USF).

O gerente de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Nilton Guedes, afirma que o Aedes aegypti fica mais ativo no verão, que inicia dia 21 de dezembro. “Com o calor, há redução do volume de água nos reservatórios, e as pessoas tendem a armazenar água em baldes, tambores e tanques. Mas sem a devida segurança, o mosquito se prolifera. Portanto, é preciso que tudo esteja bem vedado para o mosquito não adentrar”.

Nilton Guedes aconselha que, quando forem encontradas larvas do mosquito, há algumas ações que podem ser feitas: derramar a água em local seco, colocar tela para ele não sair ou aplicar larvicida.

Para evitar a proliferação do mosquito em sua casa, é possível realizar cuidados básicos, como manter as calhas sempre limpas, colocar garrafas viradas com a boca para baixo ou fechadas com a tampa, limpar e preencher pratos de vasos de plantas com areia, limpar com escova ou bucha os potes de água para animais, entre outros. O uso de repelente também é uma forma de proteção, mas individual.

Seis mil casos – De acordo com o gerente de Epidemiologia, Daniel Batista, a SMS registrou aproximadamente seis mil casos de arboviroses, no período de janeiro a outubro deste ano. Contudo, a prevenção e os cuidados não podem cessar, considerando que o período de maior incidência é o primeiro semestre do ano, devido ao calor e ao maior índice de chuvas.

No ano passado, foram registrados 15 mil casos de arboviroses. Daniel Batista explica que a redução de mais de 50% entre um ano e outro é devido a um ciclo natural do Aedes aegypti, aliado às ações de prevenção. “Houve a manutenção das ações de limpeza de galerias pluviais e recolhimento de lixo, bem como as visitas domiciliares, em que conta muito a colaboração da população. Com prevenção, evita-se que ocorram epidemias, como as de 2012, 2013 e 2016”.

Sintomas – Os sintomas do zika vírus são de febre baixa ou ausência de febre, manchas pelo corpo, dores nas articulações, edemas (inchaço) nas articulações – principalmente mãos, e coceira um ou dois dias após início dos primeiros sintomas. Ainda pode aparecer vermelhidão nos olhos, sem coceira ou ardor.

Com relação à dengue, os sintomas são de febre, dores musculares por todo o corpo e sensação de prostração. Na febre chikungunya, há febre alta (geralmente maior que 38º), dores e edemas nas articulações.

O que fazer – Quem estiver com os sintomas de qualquer das arboviroses, deve procurar sua Unidade de Saúde da Família. Em casos mais graves de dengue, em que há dor abdominal intensa e contínua, é preciso ir a uma Unidade de Pronto Atendimento.

O resultado do quarto Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) de 2017, divulgado em novembro, aponta um Índice de Infestação Predial de 0,5%. A cada 200 imóveis, apenas um tem risco de reprodução do mosquito. Apenas nove bairros apresentaram médio risco, com índice de 1% a 1,7%. São eles: Cruz das Armas, Oitizeiro, Alto do Mateus, Varjão, Valentina Figueiredo, Planalto da Boa Esperança, Varadouro, Jaguaribe e Ilha do Bispo.

Contato – Quem souber de localidades com possíveis focos do Aedes aegypti, pode denunciar por meio dos telefones 0800-282-7959 ou 3214-5718. Outra possibilidade é pelo e-mail coessmsjp@gmail.com.